domingo, 14 de fevereiro de 2010

Cinema em Moçambique

Alunos do Secundário da EPM-CELP desenvolvem trabalho na disciplina de Área Projecto cujo o objectivo é a divulgação do cinema em Moçambique.

Consulte o desenvolvimento deste projecto em:

Cinema em Moçambique

Imagens inéditas do leopardo nebuloso de Sundaland no seu habitat natural foram divulgadas

Foram divulgadas pela primeira vez imagens de um leopardo nebuloso de Sundaland no seu habitat natural. Este tipo de leopardo, qualificado há três anos como uma nova espécie de felino de grande porte, é um dos menos conhecidos e foi filmado por um grupo de cientistas que trabalha na Reserva Florestal de Dermakot, na Malásia.

Os pormenores desta “descoberta” foram publicados na última edição da publicação Cat News, pertencente ao Grupo Especializado em Felinos da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

As imagens foram capturadas no âmbito de um projecto liderado por Andreas Wilting e que avalia o impacto das mudanças na floresta de Bornéu nos animais carnívoros que vivem no local. Neste sentido, os investigadores colocaram uma rede de câmaras na floresta que fotografam automaticamente os animais que passam e realizam também investigações regulares durante a noite.

Numa dessas investigações encontraram um leopardo nebuloso de Sundaland numa estrada, o que os surpreendeu, visto que nos primeiros onze meses deste projecto não tinham encontrado nenhum animal desta nova espécie durante as suas incursões nocturnas.

“Todos os membros da nossa equipa ficaram muito surpreendidos quando este leopardo nebuloso foi encontrado", referiu Andreas Wilting, acrescentando que “foi até surpreendente que o animal não tivesse ficado com medo da luz ou do ruído do veículo”, na medida em que o felino ficou por mais de cinco minutos a andar em volta do carro, algo que não acontece com a maioria dos animais, que ficam com medo e fogem depois de encontrados.

Leopardos nebulosos de Sundaland já tinham sido filmados em cativeiro, contudo nunca tinham sido divulgadas imagens deste animal no seu habitat natural

Parque Marinho Professor Luiz Saldanha é «hot spot» de biodiversidade

Ascende a 220 o número de espécies recentemente registadas no Parque Marinho Professor Luiz Saldanha (Arrábida) pelo projecto Biomares.

Neste Ano Internacional de Biodiversidade, este programa coordenado pelo Centro de Ciências do Mar do Algarve (Universidade do Algarve), continua a revelar a riqueza desta região.

Desde o seu início, em 2007, já foi possível registar 1320 espécies até agora desconhecidas no local.

O acréscimo agora anunciado inclui 37 espécies de peixes, 21 de crustáceos, o mesmo número de bivalves, 76 espécies de poliquetas e quatro de equinodermes.

Das espécies de peixes, 11 são elasmobrânquios, grupo que inclui os tubarões e raias e cujas características biológicas que os tornam particularmente vulneráveis à sobrepesca.

Duas das espécies que constam nos novos registos, o cação-liso (Mustelus mustelus) e o cação-perna-de-moça (Galeorhinus galeus) estão mencionados na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas do IUCN (International Union for Conservation of Nature) com o estatuto de «Vulneráveis».

O projecto Biomares (BIOMARES - LIFE06 NAT P 192 - Restoration and Management of Biodiversity in the Marine Park Site Arrábida - Espichel) tem desenvolvido diversas actividades que visam a recuperação e gestão da biodiversidade no Parque Marinho Luiz Saldanha.

Esta zona costeira, integrada no Parque Natural da Arrábida, está hoje sob diversas medidas de protecção devido à sua riqueza ecológica.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

3 de Fevereiro

Heróis…

O dia 3 de Fevereiro, feriado em Moçambique, é um dia criado por decreto que pretende honrar os heróis moçambicanos, infelizmente, quase sempre são destacados os heróis que estiveram presentes na luta pela Libertação Nacional…

Estes heróis são permanentemente homenageados uma vez que os seus nomes estão presentes na toponímia de Moçambique, os seus vultos estão representados em esculturas diversas, e até em praças, como é o caso da Praça dos Heróis, os nomes mais sonantes são sem sombra de dúvida, o de Eduardo Modlane, Josina Machel, Francisco Manyanga, Marcos Mabote e Samora Machel.

A palavra herói teve origem na Grécia Antiga, servia para designar o fruto da união entre um mortal e um deus, veja-se o exemplo de Herácles, filho de Zeus e de Alcmena, portador de uma força fora de normal, de feitos que serviram para inspirar a coragem e os valores ao longo de várias gerações.

Na actualidade, a semelhança da Antiguidade Clássica grega, a sociedade continua a ser inspirada por indivíduos que se destacam por acções exemplares dignas de um grande humanismo. Estes Heróis ou Heroínas deixam de lado o seu próprio bem-estar numa procura incansável pelo bem comum. Nem sempre são reconhecidos oficialmente mas, sem sombra de qualquer dúvida, têm um papel importante na sociedade uma vez que são autênticos motores que fazem andar o caminho da mudança.

Um exemplo de heroísmo está personificado na pessoa de Alice Mabota, a qual tive oportunidade de conhecer numa palestra sobre os Direitos Humanos que teve lugar nesta escola. Não consigo deixar de pensar no impacto desta cidadã que, com os seus actos e a semelhança dos heróis gregos, modelos para as gerações vindouras, tem melhorado a vida de vários indivíduos promovendo o respeito dos direitos fundamentais inerentes ao Ser Humano, criando um efeito de «bola de neve» que será fundamental para a diminuição das injustiças sociais na sociedade moçambicana.

Não se trata de desvalorizar o papel dos heróis estabelecidos oficialmente mas de reconhecer os actos heróicos de pessoas que estão presentes no nosso dia-a-dia deixando que estes mesmos exemplos nos influenciem na procura de um mundo que nunca será perfeito mas que estará mais perto de ser um mundo melhor.