segunda-feira, 29 de outubro de 2007
X Jornadas de Formação - Dia 27 de Novembro
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Ernesto Sincero
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quinta-feira, 25 de outubro de 2007
X Jornadas de Formação
Caríssimos Colegas do Sistema de Ensino Moçambicano
As listas também se encontram afixadas desde hoje nos painéis junto à porta de entrada na EPM.
A entrada dos formandos e formadores na EPM, será feita pelo portão 1.
Votos de bom trabalho e que a chuva não nos atrapalhe.
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Ernesto Sincero
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quarta-feira, 17 de outubro de 2007
16 de Outubro - Dia Mundial da Alimentação
A Comer é que a Gente se Entende!!!
No dia 16 de Outubro assinala-se, todos os anos, o Dia Mundial da Alimentação. Este dia é comemorado há 27 anos para lembrar o surgimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 16 de Outubro de 1945. Todos os anos a FAO propõe um tema diferente para comemorar este dia. O tema do presente ano é "O Direito à Alimentação". Segundo a FAO, "a escolha do tema demonstra o crescente reconhecimento da comunidade internacional à erradicação da fome e da pobreza no mundo e à intensificação do desenvolvimento sustentável".
Para celebrar este dia, os alunos do 6° ano aprenderam, nas aulas de Ciências da Natureza, a fazer iogurte natural. Em seguida, construiu-se um Powerpoint com as fotografias que ilustram os procedimentos desta actividade. No dia 16 de Outubro, terça-feira, foram mostrar aos meninos da pré dos 5 anos como se faz o iogurte natural e levaram um pouco do iogurte que confeccionaram para os meninos da pré provarem e eles gostaram muito! Tinham trazido de casa uma colherinha porque já sabiam que no final iriam poder provar um pouco do iogurte caseiro confeccionado pelos colegas do 6° ano.
Para os alunos do 9° ano as actividades foram outras: tomaram um pequeno almoço saudável, que variou desde sandes de queijo, fiambre ou jam até iogurtes naturais e peças de fruta acompanhadas de sumos de frutas ou leite, às 7.00 horas, na esplanada da Escola; construiram de uma Roda dos Alimentos na cantina da Escola; responderam a um questionário sobre hábitos alimentares e fizeram o tratamento estatístico dos resultados nas aulas de Área de Projecto durante as semanas que precederam esta data. Na terça-feira, dia 16 de Outubro, apresentaram-nos, em Powerpoint, aos colegas do 6° ano, com auto-críticas, sugestões e conclusões.
O Grupo de Ciências
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michele
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terça-feira, 16 de outubro de 2007
X Jornadas de Formação para Docentes e Técnicos do Sistema de Ensino Moçambicano
Poderão encontar mais informação em
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Ernesto Sincero
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domingo, 14 de outubro de 2007
Trabalho realizado pelo 11º B (Preocupações Ambientais)
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Alexandre Areias
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sábado, 13 de outubro de 2007
DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO
“Desde os primeiros tempos, na procura da sua comida, a Humanidade foi à descoberta do mundo. A fome foi o motor desta marcha para a frente. Ela ainda é a fonte de todas as suas energias, o motivo dos seus progressos, a origem dos seus conflitos…
À volta do alimento construíram-se civilizações, enfrentaram-se impérios, foram feitas leis, trocaram-se saberes…”(Maguelone Toussaint-Samat)
No próximo dia 16 de Outubro será celebrado o Dia Mundial da Alimentação. É um momento em que o mundo volta sua atenção para a fome e a insegurança alimentar que afectam cerca de 800 milhões de pessoas. A data, que é comemorada há 27 anos, lembra o surgimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 16 de Outubro de 1945. O tema proposto pela FAO para este ano é "O Direito à Alimentação". Segundo a FAO, "a escolha do tema demonstra o crescente reconhecimento da comunidade internacional à erradicação da fome e da pobreza no mundo e à intensificação do desenvolvimento sustentável".
Para assinalar o Dia Mundial da Alimentação (16 de Outubro), a Área Disciplinar de Ciências Naturais e o Gabinete da Saúde Escolar promovem no âmbito da Educação para a Saúde, na terça-feira, um conjunto de actividades, tais como a construção da Nova Roda dos Alimentos ao vivo, a demonstração do fabrico do iogurte, com o objectivo de aumentar o consumo de leite, palestras dadas pelos alunos sobre alimentação equilibrada e distribuição dos alimentos à escala global.
Este conjunto de actividades tem como objectivo incutir nos nossos alunos, a importância de uma alimentação equilibrada para a manutenção e crescimento do organismo, e ainda a importância da conquista de um Mundo livre de fome.
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ana besteiro
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quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Abertura do Ginásio
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Alexandre Areias
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segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Projecto de Intercâmbio Moçambique - Brasil
Olá! Moçambique!
Estamos em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, no Sul do Brasil. Fica quase toda (97,2%) em uma ilha costeira – a Ilha de Santa Catarina – , separada do continente por um canal de 500m de largura , no trecho mais estreito. Não é uma cidade grande, pelos padrões brasileiros: sua população não passa de 250 mil habitantes – chega a 300 mil se considerarmos os outros municípios da região metropolitana.
A principal fonte de renda local é o turismo: 42 praias, na maioria oceânicas, atraem visitantes de toda a região e dos países vizinhos – Uruguai e Argentina. Com o clima subtropical, diferentemente dos estados tropicais do Norte, temos estações bem delimitadas – inverno, primavera, verão, outono. Nada, porém, fora da faixa entre 8 e 35 graus centígrados. Há por aqui também igrejas, fortalezas e moradias conservadas ou restauradas que datam do século XVIII, quando o território era disputado por Portugal e Espanha.
As escolas em que trabalhamos e estudamos fazem parte da rede municipal.
Uma delas, Escola Básica Batista Pereira, fica no Ribeirão da Ilha, o primeiro arruamento que se formou quando o Marquês de Pombal trouxe para cá imigrantes açorianos, no contexto da disputa com os espanhóis. Hoje, é um bairro que confronta o continente, com economia baseada no turismo (restaurantes, principalmente) e no cultivo de ostras e mexilhões.
A outra escola, Professora Dilma Lúcia dos Santos, fica distante uns sete quilômetros, perto da praia oceânica da Armação, muito freqüentada nos meses de férias escolares. O bairro formou-se em torno de instalações montadas para a pesca e desmonte de baleias, atividade que se encerrou na década de 1970. Hoje, a principal ocupação dos moradores é a pesca oceânica: os açorianos não tinham tradição pesqueira, mas um japonês, NoboroOda, lhes ensinou a usar redes cerco. Hoje, os barcos incorporam as últimas novidades tecnológicas.
O mais interessante nesses lugares, particularmente na Armação, é o encontro de povos e culturas, típico do Brasil: os açorianos e outros portugueses; os negros, que aqui se estabeleceram, antes e depois da abolição da escravatura; alemães, empresários da pesca da baleia; japoneses que vieram na primeira metade do Século XX; indígenas, principalmente guaranis; italianos; imigrantes recentes, de países vizinhos de fala espanhola (Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia); sabe-se lá quem mais. Não esperem, no entanto, encontrar guetos: intensamente miscigenados, esses ancestrais aparecem, hoje, principalmente nos traços fisionômicos das crianças e nos sobrenomes, alguns difíceis de ler.
Agora, que nos conhecemos, vamos aprofundar o diálogo.
Nildes Lage
Este projecto de Intercâmbio vai ser desenvolvido através da plataforma moodle. Apela-se a todos que queiram participar, serão bem vindos. Para tal basta increveres-te na disciplina do moodle - Projectos de Intercâmbio - Moçambique - Brasil. Queres conhecer uma nova realidade? Uma nova Cultura? Conhecer novos amigos? Estás à espera de quê? Pede ajuda ao teu professor de história e participa.
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Alexandre Areias
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Comemoração da efeméride do 5 de Outubro de 1910
A Área Disciplinar de História tem o prazer de informar toda a Comunidade Escolar que durante o dia 8 de Outubro irá comemorar a efeméride relativa ao 5 de Outubro de 1910, através das seguintes acções:
- Apresentação de um diaporama a passar, durante todo o dia, quer no Átrio junto à Papelaria, quer no Átrio contíguo ao Bar;
- Escrita de um artigo sobre o mesmo, que está disponível no blog da Escola desde o dia 4 de Outubro.
Assim, todos estão desde já convidados a passar pelos respectivos sítios, de modo a ficarem a conhecer algo mais acerca deste dia histórico para Portugal.
A Área Disciplinar de História
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Nuno Domingues
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quinta-feira, 4 de outubro de 2007
A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA em 5 de OUTUBRO de 1910
Nos finais do século XIX, inícios do século XX, Portugal era um país pobre e atrasado, onde uma agricultura de subsistência era a actividade económica predominante. A indústria estava reduzida aos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto e a Balança Comercial era cronicamente deficitária, uma vez que a maioria dos bens necessários à população tinham de ser importados.
Era um país onde reinava a miséria, o desemprego e o analfabetismo, sem que os diversos governos monárquicos fossem capazes de inverter a situação.
Para muitos, a emigração foi a alternativa para escapar a este quadro de pobreza e falta de oportunidades. Foram milhões os portugueses que, então, rumaram ao Brasil.
O português tipo era descrito na figura do Zé Povinho, sujeito rude, mal-educado, analfabeto e sempre insatisfeito com a vida e o país, com a qual Rafael Bordalo Pinheiro procurou retratar a maioria da população portuguesa de então.
Assim, cada vez mais, a população portuguesa estava descontente, orientando essa insatisfação para a pessoa do rei D. Carlos, que, na época, era o chefe máximo da governação. O descontentamento face ao rei e à monarquia era, sobretudo, inflamado pela acção de um pequeno partido político - O Partido Republicano, que aproveitava todas as ocasiões para denegrir a imagem do rei responsabilizando-o pela má situação que o país vivia. Nos jornais, em comícios e manifestações os republicanos transmitiam aos populares a ideia que a causa de todos os problemas era só uma: a existência de um rei incapaz que não fora escolhido pela população.
Assim, pouco a pouco, as fileiras daqueles que estavam contra o rei e a monarquia foram engrossando, sobretudo após o episódio do ultimato inglês de 1890. Este episódio ocorreu quando Portugal apresentou à comunidade internacional o Projecto do Mapa Cor-de-Rosa, que consistia na intenção de ocupar todo um vasto território que ficava entre Angola e Moçambique, pretendendo, desta forma, unir as suas principais colónias em África. Quem não aceitou este projecto português foi a Inglaterra, principal potência económica e militar da época, que ameaçou Portugal com uma intervenção militar. Face a este ultimato, o rei D. Carlos desistiu do projecto de unir as colónias portuguesas no Sul de África, cedendo assim às exigências inglesas. Acusado de cobardia e de não defender os interesses de Portugal, esta sua atitude provocou grandes manifestações em todo o país e um divórcio irreversível entre os portugueses e o seu rei.
Logo em 1891, no Porto, a 31 de Janeiro deu-se uma primeira tentativa de implantação da república em Portugal. Um pequeno contingente militar, a que se associou boa parte da população portuense, chegou a festejar o fim da monarquia e da governação de D. Carlos, mas foram recebidos e dispersos a tiro pela polícia e tropas fiéis ao rei, num episódio que se saldou num grande número de mortos. Assim, nalguns grupos republicanos mais radicais desenvolveu-se a ideia de assassinar o rei, considerado o grande culpado de todos os males que afectavam o país. Esta intenção foi concretizada em 1908, quando um pequeno grupo de homens armados conseguiu abeirar-se de uma carruagem em que seguia a família real e disparou mortalmente sobre o rei e o seu filho mais velho, o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe. Sucede-se no trono D. Manuel II, filho mais novo do rei assassinado. Jovem e impreparado, este novo monarca foi incapaz de inverter a situação e impedir o fim da monarquia.
O seu reinado foi curto, pois terminou abruptamente no dia 5 de Outubro de 1910, quando militares e populares se uniram nas ruas de Lisboa, venceram as poucas tropas que se mantinham fiéis ao rei e prenderam toda a família real. De imediato, o rei e família foram expulsos do país, rumando para um exílio forçado no Brasil, e o país celebrou a implantação da República, que trazia a promessa de mudança e a esperança de um futuro melhor. Mudaram-se, em nome dos novos tempos, os símbolos do país: adoptou-se uma nova bandeira e um o hino denominado – a Portuguesa – e que fora uma canção feita por republicanos aquando do ultimato inglês. Pouco tempo depois, organizaram-se eleições, onde o povo português foi chamado a escolher o seu Chefe de Estado – a escolha recaiu sobre um antigo professor – Manuel de Arriaga que se tornou oficialmente no primeiro presidente da República Portuguesa.***
*** O texto presente é o Guião de um Diaporama feito na EPM-CELP no contexto das comemorações do 5 de Outubro, com o qual se pretende transmitir aos alunos um conhecimento mais completo das razões históricas que conduziram à implantação da República em Portugal. Desta forma, este texto foi escrito com um objectivo essencialmente didáctico, sem contudo, como é óbvio, perder rigor científico.
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Rodrigo Borges
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quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Acção de formação - Educação na Mudança
Eis-nos banhados em plena confusão de valores, órfãos das «grandes narrativas» (as ideologias) que lhes davam sentido. Para além disso assistimos a um deslocamento dos imaginários-âncora, dos paradigmas que antes arrastavam gerações. Os anos sessenta e setenta edificaram-se em torno de um imaginário maniqueu de oposições. Sucedeu-se depois uma fase de «desconstrução» e de pós-colonialismo. A partir dos anos 90, suspenso o mundo num multiculturalismo crescentemente difuso, sobressai um «imaginário de aliança» e de negociação e a sociedade oscila entre o consumismo desbragado e um modelo de regulação controlado cada vez mais à distância, nos centros de decisão onde se giza a estratégia da Globalização.Que lugar subsiste para a identidade, os valores, a cultura, a educação?
Pode a educação firmar que critérios últimos, em matéria de formação?
Que sobra para o privado, agora que o próprio conceito de espaço público, essencial à teoria democrática, se converteu em mero campo publicitário e mediático?Que novas mitologias preenchem a “era do vazio”, num palco social onde a «imagem» e a «comunicação por rede» partilham um poder hegemónico?
E que novos sinais de identidade emergem - com “novos ritos de passagem” entretecidos entre os jovens numa sociedade que sobrepõe ao “sentido de risco eaventura” (inadiáveis para a construção do adulto) a ideia abafadora da
segurança?
Por fim, como ecoa tudo isto em Moçambique, na encruzilhada entre a Tradição e a Modernidade?A ideia do Seminário é mostrar que um fio condutor anima afinal este aparente caos e que despontam uma nova necessidade de responsabilidade social e uma nova ética – uma ética para náufragos, talvez, indispensáveis para quem anseia transmitir valores.
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Ernesto Sincero
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Comemoração da efeméride do 4 de Outubro de 1992
A Área Disciplinar de História tem o prazer de informar toda a Comunidade Escolar que no dia 3 de Outubro irá comemorar, por antecipação, a efeméride relativa ao 4 de Outubro de 1992, através das seguintes acções:
- Apresentação de um diaporama a passar, durante todo o dia, quer no Átrio junto à Papelaria, quer no Átrio contíguo ao Bar;
- Mostra de um cartaz alusivo ao tema, exposto na Sala de História (Sala 28);
- Escrita de um artigo sobre o mesmo, que estará disponível no blog da Escola a partir do dia 3 de Outubro.
Assim, todos estão desde já convidados a passar pelos respectivos locais, de modo a ficarem a conhecer algo mais acerca deste dia histórico para Moçambique.
A Área Disciplinar de História
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Nuno Domingues
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11:47
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Acção de Formação - Iniciação às TIC´s
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Ernesto Sincero
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4 de Outubro - Dia do Acordo Geral de Paz em Moçambique
Comemora-se a 4 de Outubro quinze anos de paz e reconciliação nacional, alcançadas com o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, em 1992, entre o Governo moçambicano e a Renamo. Pôs-se fim a uma guerra que devastou a economia nacional e teve consequências trágicas para a população.
Na origem desta guerra estão vários factores sendo de destacar as grandes tensões político-militares que, desde 1975 (ano da independência), se fizeram sentir entre Moçambique e os países vizinhos da Rodésia e África do Sul. Estes dois países, cujos governos, de fortes características coloniais, temiam o avanço do socialismo pela África Austral, desencadearam, desde 1976, várias operações militares em território moçambicano e apoiaram a criação do Movimento Nacional de Resistência (MNR) que integrou moçambicanos opostos ao regime recém-criado da Frelimo.
A partir de 1981, uma força da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) foi-se infiltrando no interior de Moçambique, sobretudo na Província de Gaza e espalhou-se rapidamente pelas regiões do sul e do centro.
Entre 1982 e 1983, forças da Renamo actuavam nas províncias de Gaza, Manica, Sofala, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa e, para sul, em Inhambane e Maputo.
A 16 de Março de 1984, as autoridades moçambicanas assinaram o Acordo de Nkomati com a África do Sul. O acordo ditava a cessação do apoio de Moçambique às forças nacionalistas sul-africanas do Congresso Nacional Africano (ANC), com a África do Sul a retirar o seu apoio à Renamo. Todavia, este acordo foi insuficiente para terminar a guerra, uma vez que as actividades da Renamo prosseguiram.
Em 1989, o governo moçambicano desenvolveu novos esforços para obter um entendimento que levasse ao fim da guerra civil, causa de pesadas perdas humanas e materiais. Nesta fase, desempenharam um papel importante as Igrejas Católica e Anglicana, o Conselho Cristão de Moçambique e os dirigentes do Quénia e do Zimbabwe.
Em 1990, iniciaram-se conversações mais directas e formais em Roma, com o apoio da Comunidade de Santo Egídio e do Governo Italiano. Seguiram-se nove rondas negociais.
A 4 de Outubro de 1992, realizou-se em Roma a assinatura do Acordo Geral de Paz, entre o Governo moçambicano e a Renamo, que pôs fim à guerra.
O Acordo foi composto por sete Protocolos, que regulavam questões de carácter político, militar e económico. Para a sua implementação foram constituídas Comissões, que funcionaram entre finais de 1992 e finais de 1994, ou seja, por um período aproximado de dois anos. A Comissão de Supervisão e Controlo (CSC) foi o principal órgão coordenador e controlador da implementação do Acordo. Foi criada ao abrigo do Protocolo I e presidida por Aldo Ajello, representante local do Secretário-Geral das Nações Unidas. Integrou uma delegação da Renamo, chefiada por Raúl Domingos e uma delegação do Governo, chefiada por Armando Guebuza. Incluiu representantes da Itália, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, França, OUA e Alemanha.
A esta Comissão coube:
Garantir as disposições contidas no Acordo Geral de Paz;
Garantir o respeito pelo calendário previsto para o cessar-fogo e para a realização de eleições;
Responsabilizar-se pela interpretação autêntica dos acordos;
Dirimir os litígios surgidos entre as partes;
Orientar e coordenar as actividades das comissões que se lhe subordinaram.
Em paralelo, entraram em funções as Comissões subordinadas:
Comissão de Cessar-Fogo (CCF);
Comissão de Reintegração (CORE);
Comissão Conjunta para a Formação das Forças Armadas de Defesa e Segurança de Moçambique (CCFADM);
Comissão Nacional dos Assuntos Policiais (COMPOL);
Comissão Nacional de Informação (COMINFO);
Comissão Nacional da Administração Territorial;
Comissão Nacional de Eleições;
O Tribunal Eleitoral.
Nesses dois anos (1992 a 1994), o país passou por profundas mudanças: adopção do multipartidarismo; realização das primeiras eleições multipartidárias, em Novembro de 1994; desenvolvimento de meios de comunicação social independentes; formação de diversas organizações e associações a nível da sociedade civil; passagem de uma economia socialista centralizada para um regime neo-liberal.
O Acordo Geral de Paz deu origem ao ciclo político e económico que ainda hoje vivemos em Moçambique.
O Grupo de História
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Nuno Domingues
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11:33
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