quinta-feira, 23 de junho de 2011

Parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática sobre o Exame Nacional de Matemática do Ensino Básico – 3º ciclo Prova 23, 1ª Chamada

O exame que hoje se realizou é equilibrado e cobre adequadamente o programa. A Sociedade Portuguesa de Matemática congratula-se com o desaparecimento da contextualização excessiva que pautou esta prova em anos anteriores. Tal como temos vindo a defender, o condicionamento abusivo dos enunciados a determinados contextos constitui um elemento distractivo que dificulta o ensino e a avaliação dos métodos e procedimentos matemáticos que se pretendem realizar.

O grau de dificuldade é comparável ao do exame de 2010, notando-se no entanto um ligeiro aumento na complexidade das questões mais selectivas (ver por exemplo o item 14.3). Desta forma, consideramos que obter positiva nesta prova requer do aluno um desempenho equivalente ao que era exigido no ano passado, embora se tenha provavelmente tornado um pouco mais difícil obter nível 5.

As questões que avaliam conteúdos do 7.º ano poderiam ter um grau de dificuldade mais elevado (itens 5 e 9), apesar de se confirmar este ano o desaparecimento de questões de puro bom senso e de resposta imediata que nada avaliavam e que caracterizaram infelizmente este exame entre 2007 e 2009.

Em suma, esta prova é muito semelhante à de 2010 e, tal como referimos nessa data, fica ainda em termos de exigência abaixo do que consideramos desejável. Se por um lado se confirma um distanciamento dos baixos níveis de exigência patentes até 2009, há ainda que dar alguns passos no sentido de tornar esta prova adequada à avaliação dos conhecimentos que os alunos devem alcançar no final da escolaridade obrigatória.

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