segunda-feira, 29 de outubro de 2007

X Jornadas de Formação - Dia 27 de Novembro


Depois uma semana bastante nebulada e com alguma chuva, eis que no sábado a EPM-CELP pôde contar com as tréguas dadas pelos Deuses do Olimpo, tendo a Cidade das Acácias, acordado sob um sol radiante.

Quanto à EPM, cada vez mais parecida com a Big Apple, porque também não pára, no dia 27 de Novembro, abriu uma vez mais, as suas portas aos docentes e técnicos do sistema de ensino moçambicano, para as já clássicas Jornadas de Formação, as quais contam já com dez edições, sendo que nesta última estiveram presentes cerca de 400 agentes do referido sistema.

Sob o lema "um professor é um agente da mudança e em constante evolução", ao longo de um dia - das 08 às 16 e 30, partilharam-se saberes e experiências entre os dois sistemas de ensino: o português e o moçambicano.

A derradeira sessão que ocorrerá a 03 de Novembro além da conclusão dos trabalhos, serão ainda entregues os certificados de participação.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

X Jornadas de Formação

Caríssimos Colegas do Sistema de Ensino Moçambicano



Dentro de dois dias, (27 de Outubro) iniciar-se-ão as X Jornadas de Formação para Docentes e Técnicos do Sistema Educativo Moçambicano, nas quais se inscreveram perto de meio milhar de agentes do referido sistema de ensino. É caso para reafirmar que efectivamente a Educação move montanhas!
Para ver se está inscrito clique AQUI.

As listas também se encontram afixadas desde hoje nos painéis junto à porta de entrada na EPM.

A entrada dos formandos e formadores na EPM, será feita pelo portão 1.

Votos de bom trabalho e que a chuva não nos atrapalhe.


Atenciosamente
Jeremias Correia - Coordenador do Centro de Formação

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

16 de Outubro - Dia Mundial da Alimentação

A Comer é que a Gente se Entende!!!


No dia 16 de Outubro assinala-se, todos os anos, o Dia Mundial da Alimentação. Este dia é comemorado há 27 anos para lembrar o surgimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 16 de Outubro de 1945. Todos os anos a FAO propõe um tema diferente para comemorar este dia. O tema do presente ano é "O Direito à Alimentação". Segundo a FAO, "a escolha do tema demonstra o crescente reconhecimento da comunidade internacional à erradicação da fome e da pobreza no mundo e à intensificação do desenvolvimento sustentável".

Para celebrar este dia, os alunos do 6° ano aprenderam, nas aulas de Ciências da Natureza, a fazer iogurte natural. Em seguida, construiu-se um Powerpoint com as fotografias que ilustram os procedimentos desta actividade. No dia 16 de Outubro, terça-feira, foram mostrar aos meninos da pré dos 5 anos como se faz o iogurte natural e levaram um pouco do iogurte que confeccionaram para os meninos da pré provarem e eles gostaram muito! Tinham trazido de casa uma colherinha porque já sabiam que no final iriam poder provar um pouco do iogurte caseiro confeccionado pelos colegas do 6° ano.



Para os alunos do 9° ano as actividades foram outras: tomaram um pequeno almoço saudável, que variou desde sandes de queijo, fiambre ou jam até iogurtes naturais e peças de fruta acompanhadas de sumos de frutas ou leite, às 7.00 horas, na esplanada da Escola; construiram de uma Roda dos Alimentos na cantina da Escola; responderam a um questionário sobre hábitos alimentares e fizeram o tratamento estatístico dos resultados nas aulas de Área de Projecto durante as semanas que precederam esta data. Na terça-feira, dia 16 de Outubro, apresentaram-nos, em Powerpoint, aos colegas do 6° ano, com auto-críticas, sugestões e conclusões.



O Grupo de Ciências

terça-feira, 16 de outubro de 2007

X Jornadas de Formação para Docentes e Técnicos do Sistema de Ensino Moçambicano

Nos próximos dias 27 de Outubro e 03 de Novembro (dois Sábados), entre as 08.00 e as 16h30m, a Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa, vestirá o seu traje de gala, para acolher no seu seio todos os docentes e técnicos do Sistema de Ensino Moçambicano, que queiram frequentar gratuitamente as X JORNADAS DE FORMAÇÃO.
À semelhança das anteriores nove Jornadas, as inscrições decorrem nos Serviços Administrativos da EPM-CELP durante o horário de expediente: 7.15h - 12.30h (manhã) e 14.00h - 15.30h (tarde). O período aberto para as inscrições será de 15 a 24 de Outubro de 2007.

Os módulos a ministrar (num total de 15 horas) encontram-se especificados na imagem que a seguir se apresenta:

Poderão encontar mais informação em

Participem!

domingo, 14 de outubro de 2007

sábado, 13 de outubro de 2007

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO


Desde os primeiros tempos, na procura da sua comida, a Humanidade foi à descoberta do mundo. A fome foi o motor desta marcha para a frente. Ela ainda é a fonte de todas as suas energias, o motivo dos seus progressos, a origem dos seus conflitos…
À volta do alimento construíram-se civilizações, enfrentaram-se impérios, foram feitas leis, trocaram-se saberes
…”(Maguelone Toussaint-Samat)

No próximo dia 16 de Outubro será celebrado o Dia Mundial da Alimentação. É um momento em que o mundo volta sua atenção para a fome e a insegurança alimentar que afectam cerca de 800 milhões de pessoas. A data, que é comemorada há 27 anos, lembra o surgimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 16 de Outubro de 1945. O tema proposto pela FAO para este ano é "O Direito à Alimentação". Segundo a FAO, "a escolha do tema demonstra o crescente reconhecimento da comunidade internacional à erradicação da fome e da pobreza no mundo e à intensificação do desenvolvimento sustentável".
Para assinalar o Dia Mundial da Alimentação (16 de Outubro), a Área Disciplinar de Ciências Naturais e o Gabinete da Saúde Escolar promovem no âmbito da Educação para a Saúde, na terça-feira, um conjunto de actividades, tais como a construção da Nova Roda dos Alimentos ao vivo, a demonstração do fabrico do iogurte, com o objectivo de aumentar o consumo de leite, palestras dadas pelos alunos sobre alimentação equilibrada e distribuição dos alimentos à escala global.
Este conjunto de actividades tem como objectivo incutir nos nossos alunos, a importância de uma alimentação equilibrada para a manutenção e crescimento do organismo, e ainda a importância da conquista de um Mundo livre de fome.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Abertura do Ginásio

A Escola Portuguesa de Moçambique passou a ter um ginásio (provisório) para que toda a comunidade escolar possa realizar actividade física. As aulas terão lugar às terças e quintas, entre as 17.30 e 18.30. Os Professores, alunos, funcionários interessados deverão contactar o professor João Figueiredo.






segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Projecto de Intercâmbio Moçambique - Brasil

Olá! Moçambique!

Estamos em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, no Sul do Brasil. Fica quase toda (97,2%) em uma ilha costeira – a Ilha de Santa Catarina – , separada do continente por um canal de 500m de largura , no trecho mais estreito. Não é uma cidade grande, pelos padrões brasileiros: sua população não passa de 250 mil habitantes – chega a 300 mil se considerarmos os outros municípios da região metropolitana.

A principal fonte de renda local é o turismo: 42 praias, na maioria oceânicas, atraem visitantes de toda a região e dos países vizinhos – Uruguai e Argentina. Com o clima subtropical, diferentemente dos estados tropicais do Norte, temos estações bem delimitadas – inverno, primavera, verão, outono. Nada, porém, fora da faixa entre 8 e 35 graus centígrados. Há por aqui também igrejas, fortalezas e moradias conservadas ou restauradas que datam do século XVIII, quando o território era disputado por Portugal e Espanha.

As escolas em que trabalhamos e estudamos fazem parte da rede municipal.

Uma delas, Escola Básica Batista Pereira, fica no Ribeirão da Ilha, o primeiro arruamento que se formou quando o Marquês de Pombal trouxe para cá imigrantes açorianos, no contexto da disputa com os espanhóis. Hoje, é um bairro que confronta o continente, com economia baseada no turismo (restaurantes, principalmente) e no cultivo de ostras e mexilhões.

A outra escola, Professora Dilma Lúcia dos Santos, fica distante uns sete quilômetros, perto da praia oceânica da Armação, muito freqüentada nos meses de férias escolares. O bairro formou-se em torno de instalações montadas para a pesca e desmonte de baleias, atividade que se encerrou na década de 1970. Hoje, a principal ocupação dos moradores é a pesca oceânica: os açorianos não tinham tradição pesqueira, mas um japonês, NoboroOda, lhes ensinou a usar redes cerco. Hoje, os barcos incorporam as últimas novidades tecnológicas.

O mais interessante nesses lugares, particularmente na Armação, é o encontro de povos e culturas, típico do Brasil: os açorianos e outros portugueses; os negros, que aqui se estabeleceram, antes e depois da abolição da escravatura; alemães, empresários da pesca da baleia; japoneses que vieram na primeira metade do Século XX; indígenas, principalmente guaranis; italianos; imigrantes recentes, de países vizinhos de fala espanhola (Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia); sabe-se lá quem mais. Não esperem, no entanto, encontrar guetos: intensamente miscigenados, esses ancestrais aparecem, hoje, principalmente nos traços fisionômicos das crianças e nos sobrenomes, alguns difíceis de ler.

Agora, que nos conhecemos, vamos aprofundar o diálogo.


Nildes Lage

Este projecto de Intercâmbio vai ser desenvolvido através da plataforma moodle. Apela-se a todos que queiram participar, serão bem vindos. Para tal basta increveres-te na disciplina do moodle - Projectos de Intercâmbio - Moçambique - Brasil. Queres conhecer uma nova realidade? Uma nova Cultura? Conhecer novos amigos? Estás à espera de quê? Pede ajuda ao teu professor de história e participa.

Comemoração da efeméride do 5 de Outubro de 1910

A Área Disciplinar de História tem o prazer de informar toda a Comunidade Escolar que durante o dia 8 de Outubro irá comemorar a efeméride relativa ao 5 de Outubro de 1910, através das seguintes acções:

- Apresentação de um diaporama a passar, durante todo o dia, quer no Átrio junto à Papelaria, quer no Átrio contíguo ao Bar;

- Escrita de um artigo sobre o mesmo, que está disponível no blog da Escola desde o dia 4 de Outubro.

Assim, todos estão desde já convidados a passar pelos respectivos sítios, de modo a ficarem a conhecer algo mais acerca deste dia histórico para Portugal.

A Área Disciplinar de História

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA em 5 de OUTUBRO de 1910


Nos finais do século XIX, inícios do século XX, Portugal era um país pobre e atrasado, onde uma agricultura de subsistência era a actividade económica predominante. A indústria estava reduzida aos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto e a Balança Comercial era cronicamente deficitária, uma vez que a maioria dos bens necessários à população tinham de ser importados.
Era um país onde reinava a miséria, o desemprego e o analfabetismo, sem que os diversos governos monárquicos fossem capazes de inverter a situação.
Para muitos, a emigração foi a alternativa para escapar a este quadro de pobreza e falta de oportunidades. Foram milhões os portugueses que, então, rumaram ao Brasil.
O português tipo era descrito na figura do Zé Povinho, sujeito rude, mal-educado, analfabeto e sempre insatisfeito com a vida e o país, com a qual Rafael Bordalo Pinheiro procurou retratar a maioria da população portuguesa de então.
Assim, cada vez mais, a população portuguesa estava descontente, orientando essa insatisfação para a pessoa do rei D. Carlos, que, na época, era o chefe máximo da governação. O descontentamento face ao rei e à monarquia era, sobretudo, inflamado pela acção de um pequeno partido político - O Partido Republicano, que aproveitava todas as ocasiões para denegrir a imagem do rei responsabilizando-o pela má situação que o país vivia. Nos jornais, em comícios e manifestações os republicanos transmitiam aos populares a ideia que a causa de todos os problemas era só uma: a existência de um rei incapaz que não fora escolhido pela população.
Assim, pouco a pouco, as fileiras daqueles que estavam contra o rei e a monarquia foram engrossando, sobretudo após o episódio do ultimato inglês de 1890. Este episódio ocorreu quando Portugal apresentou à comunidade internacional o Projecto do Mapa Cor-de-Rosa, que consistia na intenção de ocupar todo um vasto território que ficava entre Angola e Moçambique, pretendendo, desta forma, unir as suas principais colónias em África. Quem não aceitou este projecto português foi a Inglaterra, principal potência económica e militar da época, que ameaçou Portugal com uma intervenção militar. Face a este ultimato, o rei D. Carlos desistiu do projecto de unir as colónias portuguesas no Sul de África, cedendo assim às exigências inglesas. Acusado de cobardia e de não defender os interesses de Portugal, esta sua atitude provocou grandes manifestações em todo o país e um divórcio irreversível entre os portugueses e o seu rei.
Logo em 1891, no Porto, a 31 de Janeiro deu-se uma primeira tentativa de implantação da república em Portugal. Um pequeno contingente militar, a que se associou boa parte da população portuense, chegou a festejar o fim da monarquia e da governação de D. Carlos, mas foram recebidos e dispersos a tiro pela polícia e tropas fiéis ao rei, num episódio que se saldou num grande número de mortos. Assim, nalguns grupos republicanos mais radicais desenvolveu-se a ideia de assassinar o rei, considerado o grande culpado de todos os males que afectavam o país. Esta intenção foi concretizada em 1908, quando um pequeno grupo de homens armados conseguiu abeirar-se de uma carruagem em que seguia a família real e disparou mortalmente sobre o rei e o seu filho mais velho, o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe. Sucede-se no trono D. Manuel II, filho mais novo do rei assassinado. Jovem e impreparado, este novo monarca foi incapaz de inverter a situação e impedir o fim da monarquia.
O seu reinado foi curto, pois terminou abruptamente no dia 5 de Outubro de 1910, quando militares e populares se uniram nas ruas de Lisboa, venceram as poucas tropas que se mantinham fiéis ao rei e prenderam toda a família real. De imediato, o rei e família foram expulsos do país, rumando para um exílio forçado no Brasil, e o país celebrou a implantação da República, que trazia a promessa de mudança e a esperança de um futuro melhor. Mudaram-se, em nome dos novos tempos, os símbolos do país: adoptou-se uma nova bandeira e um o hino denominado – a Portuguesa – e que fora uma canção feita por republicanos aquando do ultimato inglês. Pouco tempo depois, organizaram-se eleições, onde o povo português foi chamado a escolher o seu Chefe de Estado – a escolha recaiu sobre um antigo professor – Manuel de Arriaga que se tornou oficialmente no primeiro presidente da República Portuguesa.***

O GRUPO de HISTÓRIA



*** O texto presente é o Guião de um Diaporama feito na EPM-CELP no contexto das comemorações do 5 de Outubro, com o qual se pretende transmitir aos alunos um conhecimento mais completo das razões históricas que conduziram à implantação da República em Portugal. Desta forma, este texto foi escrito com um objectivo essencialmente didáctico, sem contudo, como é óbvio, perder rigor científico.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Acção de formação - Educação na Mudança

De 08 a 16 de Outubro, decorrerá na EPM-CELP organizada pelo CFDLP, uma acção de formação para o pessoal docente no âmbito da Comunicação Interpessoal, subordinada ao tema Educação na Mudança.
Citando ipsis litteris, as doutas palavras do formador desta acção, Dr. António Cabrita, docente universitário da Universidade Politécnica (Moçambique) e escritor,


Eis-nos banhados em plena confusão de valores, órfãos das «grandes narrativas» (as ideologias) que lhes davam sentido. Para além disso assistimos a um deslocamento dos imaginários-âncora, dos paradigmas que antes arrastavam gerações. Os anos sessenta e setenta edificaram-se em torno de um imaginário maniqueu de oposições. Sucedeu-se depois uma fase de «desconstrução» e de pós-colonialismo. A partir dos anos 90, suspenso o mundo num multiculturalismo crescentemente difuso, sobressai um «imaginário de aliança» e de negociação e a sociedade oscila entre o consumismo desbragado e um modelo de regulação controlado cada vez mais à distância, nos centros de decisão onde se giza a estratégia da Globalização.

Que lugar subsiste para a identidade, os valores, a cultura, a educação?
Pode a educação firmar que critérios últimos, em matéria de formação?
Que sobra para o privado, agora que o próprio conceito de espaço público, essencial à
teoria democrática, se converteu em mero campo publicitário e mediático?

Que novas mitologias preenchem a “era do vazio”, num palco social onde a «imagem» e a «comunicação por rede» partilham um poder hegemónico?
E que novos sinais de identidade emergem - com “novos ritos de passagem” entretecidos
entre os jovens numa sociedade que sobrepõe ao “sentido de risco e

aventura” (inadiáveis para a construção do adulto) a ideia abafadora da
segurança?
Por fim, como ecoa tudo isto em Moçambique, na encruzilhada entre a Tradição e a
Modernidade?

A ideia do Seminário é mostrar que um fio condutor anima afinal este aparente caos e que despontam uma nova necessidade de responsabilidade social e uma nova ética – uma ética para náufragos, talvez, indispensáveis para quem anseia transmitir valores.

Comemoração da efeméride do 4 de Outubro de 1992

A Área Disciplinar de História tem o prazer de informar toda a Comunidade Escolar que no dia 3 de Outubro irá comemorar, por antecipação, a efeméride relativa ao 4 de Outubro de 1992, através das seguintes acções:
- Apresentação de um diaporama a passar, durante todo o dia, quer no Átrio junto à Papelaria, quer no Átrio contíguo ao Bar;
- Mostra de um cartaz alusivo ao tema, exposto na Sala de História (Sala 28);
- Escrita de um artigo sobre o mesmo, que estará disponível no blog da Escola a partir do dia 3 de Outubro.
Assim, todos estão desde já convidados a passar pelos respectivos locais, de modo a ficarem a conhecer algo mais acerca deste dia histórico para Moçambique.

A Área Disciplinar de História

Acção de Formação - Iniciação às TIC´s


Entre os dias 8 e 13 de Outubro, irá decorrer na EPM-CELP, uma acção de formação na modalidade de curso e com a duração de vinte horas, relativamente à aplicação das TIC.

A razão desta acção, prende-se com a necessidade de dotar todo o corpo docente de competências nesta área, para que possam responder positivamente a todas as solicitações relacionadas com a realidade funcional da EPM – CELP e respetiva filosofia laboral, a qual está intrinsecamente ligada às NTIC.
Na página do Moodle da EPM, afecto ao Centro de Formação e de Difusão da Língua Portuguesa (CFDLP), encontra-se o programa da acção.

4 de Outubro - Dia do Acordo Geral de Paz em Moçambique



Comemora-se a 4 de Outubro quinze anos de paz e reconciliação nacional, alcançadas com o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, em 1992, entre o Governo moçambicano e a Renamo. Pôs-se fim a uma guerra que devastou a economia nacional e teve consequências trágicas para a população.
Na origem desta guerra estão vários factores sendo de destacar as grandes tensões político-militares que, desde 1975 (ano da independência), se fizeram sentir entre Moçambique e os países vizinhos da Rodésia e África do Sul. Estes dois países, cujos governos, de fortes características coloniais, temiam o avanço do socialismo pela África Austral, desencadearam, desde 1976, várias operações militares em território moçambicano e apoiaram a criação do Movimento Nacional de Resistência (MNR) que integrou moçambicanos opostos ao regime recém-criado da Frelimo.
A partir de 1981, uma força da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) foi-se infiltrando no interior de Moçambique, sobretudo na Província de Gaza e espalhou-se rapidamente pelas regiões do sul e do centro.
Entre 1982 e 1983, forças da Renamo actuavam nas províncias de Gaza, Manica, Sofala, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa e, para sul, em Inhambane e Maputo.
A 16 de Março de 1984, as autoridades moçambicanas assinaram o Acordo de Nkomati com a África do Sul. O acordo ditava a cessação do apoio de Moçambique às forças nacionalistas sul-africanas do Congresso Nacional Africano (ANC), com a África do Sul a retirar o seu apoio à Renamo. Todavia, este acordo foi insuficiente para terminar a guerra, uma vez que as actividades da Renamo prosseguiram.
Em 1989, o governo moçambicano desenvolveu novos esforços para obter um entendimento que levasse ao fim da guerra civil, causa de pesadas perdas humanas e materiais. Nesta fase, desempenharam um papel importante as Igrejas Católica e Anglicana, o Conselho Cristão de Moçambique e os dirigentes do Quénia e do Zimbabwe.
Em 1990, iniciaram-se conversações mais directas e formais em Roma, com o apoio da Comunidade de Santo Egídio e do Governo Italiano. Seguiram-se nove rondas negociais.
A 4 de Outubro de 1992, realizou-se em Roma a assinatura do Acordo Geral de Paz, entre o Governo moçambicano e a Renamo, que pôs fim à guerra.
O Acordo foi composto por sete Protocolos, que regulavam questões de carácter político, militar e económico. Para a sua implementação foram constituídas Comissões, que funcionaram entre finais de 1992 e finais de 1994, ou seja, por um período aproximado de dois anos. A Comissão de Supervisão e Controlo (CSC) foi o principal órgão coordenador e controlador da implementação do Acordo. Foi criada ao abrigo do Protocolo I e presidida por Aldo Ajello, representante local do Secretário-Geral das Nações Unidas. Integrou uma delegação da Renamo, chefiada por Raúl Domingos e uma delegação do Governo, chefiada por Armando Guebuza. Incluiu representantes da Itália, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, França, OUA e Alemanha.
A esta Comissão coube:
Garantir as disposições contidas no Acordo Geral de Paz;
Garantir o respeito pelo calendário previsto para o cessar-fogo e para a realização de eleições;
Responsabilizar-se pela interpretação autêntica dos acordos;
Dirimir os litígios surgidos entre as partes;
Orientar e coordenar as actividades das comissões que se lhe subordinaram.
Em paralelo, entraram em funções as Comissões subordinadas:
Comissão de Cessar-Fogo (CCF);
Comissão de Reintegração (CORE);
Comissão Conjunta para a Formação das Forças Armadas de Defesa e Segurança de Moçambique (CCFADM);
Comissão Nacional dos Assuntos Policiais (COMPOL);
Comissão Nacional de Informação (COMINFO);
Comissão Nacional da Administração Territorial;
Comissão Nacional de Eleições;
O Tribunal Eleitoral.
Nesses dois anos (1992 a 1994), o país passou por profundas mudanças: adopção do multipartidarismo; realização das primeiras eleições multipartidárias, em Novembro de 1994; desenvolvimento de meios de comunicação social independentes; formação de diversas organizações e associações a nível da sociedade civil; passagem de uma economia socialista centralizada para um regime neo-liberal.
O Acordo Geral de Paz deu origem ao ciclo político e económico que ainda hoje vivemos em Moçambique.


O Grupo de História