quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Conhece-te a ti mesmo conhece o teu tipo de sangue!

Constatou-se nas aulas de Biologia do 12º ano que os alunos não sabiam o seu tipo de sangue.
Tal facto é de espanto e preocupação. Referimo-nos a alunos do curso de Ciências e Tecnologia, cujas opções profissionais são esmagadoramente da área da saúde. Para além de tudo, falamos de cidadãos integrados numa sociedade com escassos recursos para uma assistência médica de qualidade. Qualquer acidente seria minimizado com o conhecimento prévio do nosso tipo sanguíneo.
Face a esta situação, integrando os conteúdos de Biologia do 12º ano e o projecto de educação para a saúde da EPM, foi realizada uma visita de estudo ao Banco de Sangue do Hospital Central com o objectivo de conhecer as técnicas de identificação do tipo sanguíneo. Os alunos aumentaram assim os seus conhecimentos científicos e enriqueceram a sua componente cívica. Recebidos por uma equipa do banco de sangue, cujo mérito e persistência do seu trabalho diário são de louvar, visitaram-se as instalações pela ordem do processo de rastreio. Na consulta inicial é realizado um inquérito de triagem de dadores. Das muitas pessoas que recorrem ao Banco de Sangue, há os que doam de livre espontânea vontade, os doam pela aflição do seu parente internado e os auto-dadores que receberão o seu próprio sangue no operatório. Este facto reflecte o tipo de consciência individual de cada um. Após esta selecção que depende da veracidade das respostas, são recolhidos 500ml de sangue do dador. Esse sangue segue para laboratório, cuja a destrinça permite utiliza-lo de diferentes formas: as plaquetas, os glóbulos brancos e os glóbulos vermelhos, cujas diferentes características requerem diferentes tratamentos e conservações, são encaminhados para diferentes fins que visam salvar vidas. As transfusões são perigosas pois a incompatibilidade pode originar coagulação sanguínea. Para tal há variados sistemas de identificação para além do sistema ABO e do sistema de Rhesius (Rh+, Rh-). Outros despistes são realizados em laboratório tais como o teste de sífilis, SIDA, hepatites entre outros. Estas informações são cedidas aos dadores, cujo número é surpreendentemente alto mas não suficiente para as necessidades do Hospital Central de Maputo. Para si leitor, não espere que esta necessidade lhe bata à porta, dê sangue, dê vida!;-)
Mais do que isso, saiba o seu tipo de sangue para aumentar as hipóteses de sobrevivência numa situação de doença ou acidente!

O 12ºA1 lançou na EPM uma campanha a favor do Banco de Sangue do Hospital de Maputo, que culminou com a recolha de sangue na nossa escola, na semana de 5,6,7 e 8 de Dezembro. Este Bioprojecto integrado no programa de actividades do Gabinete Médico escolar visou essencialmente envolver toda a comunidade escolar nestas acções cívicas, abrangendo alunos, funcionários, docentes e encarregados de educação. Durante um mês os alunos sensibilizaram e informaram a comunidade escolar sobre os benefícios de ser doador, através de uma campanha de cartazes, construídos em parceria com a turma de artes do 12ºA2. Esforçaram-se por divulgar em vários meios de informação, como são exemplo as cadernetas dos alunos, o facebook, não deixando de entregar panfletos informativos nas várias festas realizadas na escola.


O Banco de sangue agradece este tipo de incitativas, sendo a demanda de sangue nesta altura do ano desesperadamente grande! Saõ necessário alguns pré-requisitos para ser doador, tais como peso superior a 50Kg e idade superior a 16 anos, pelo que esta campanha estava direccionada essencialmente aos alunos do ensino secundário. Após a recolha de aproximadamente 500ml de sangue que irá salvar uma vida, os dadores eram presenteados com lanche simpático para repor forças.

A essência da campanha foi positiva, contudo o medo e a falta de informação sobre esta acção cívica deixou aquém os valores estatísticos de adesão que os alunos pretendiam. Nem mesmo a informação dos cartazes, panfletos e faixas aplicadas na escola demoveu os mais sépticos. Este facto preocupante reforça a necessidade do projecto de educação para a saúde da EPM, com novos desafios para o futuro. Até lá fica a satisfação de dever cumprido dos alunos que aderiram à campanha, o alerta para a comunidade escolar que deve doar sangue independentemente de ter necessidade imediata e a esperança que nenhum de nós e dos nossos precise de recorrer ao Banco de Sangue do HCM!

O mérito dos alunos do curso de Ciências e Tecnológica, em mobilizar a sociedade para estas causas integra não só a opção profissional mas um modo de vida a adoptar. Estas iniciativas serão repetidas no futuro, cientes da obrigação individual de doar sangue!

HIV Sida


A data 1 de Dezembro é assinalada em todo o mundo e a EPM não foi excepção! No Dia Mundial do HIV SIDA o Gabinete Médico Escolar juntamente com os alunos do 12ºA1 desenvolveram actividades de sensibilização e informação da comunidade escolar sobre o HIV SIDA no mundo e em particular, Moçambique.

A abordagem ao tema nas aulas de Biologia do 12º ano levou a que os alunos aprofundassem os conhecimentos da comunidade escolar, criando um Bioprojecto com o tema SIDA, começando pela aplicação de um inquérito na EPM. Os mesmos alunos criaram cartazes informativos em conjunto com os alunos de artes do 12ºA2, cuja interdisciplinaridade motivou e envolveu mais alunos no projecto. Os resultados espelharam que o tema SIDA carece ainda de muita informação para desmistificar estigmas e preconceitos. Os alunos juntamente com o Gabinete médicos escolar prepararam uma palestra no auditório Carlos paredes, no dia 30 de Novembro, para os alunos do 11º ano de escolaridade. Como orador foi convidado o Dr. José Casasnovas, médico que coordena vários projectos de HIV SIDA em Moçambique. Ciente da realidade do meio onde vivemos, o nosso orador focou as variantes desta doença bem como os métodos actuais par travar a propagação desta doença. O Dr. Casasnovas encara assim o HIV SIDA como uma doença crónica, tal como outras, cujo diagnóstico atempado permite que o seropositivo viva com qualidade. Na sua óptica o seropositivo não está condenado à morte rápida e dolorosa mas sim restringido a hábitos de vida saudáveis e controlados pelo médico, tal como o diabetes e hipertensão. Na opinião do Dr. José Casasnovas o problema desta doença não são os sintomas da imunodeficiência adquirida mas sim o estigma social, não se cansando de culpar a ignorância para ainda haver discriminação. Ignorância dos que não se diagnosticam, ignorância dos que não fazem o teste, ignorância dos que têm medo de saber se estão infectados. Apelidando esta doença como "uma doença de ricos" com tratamentos de elevado custo, o nosso orador chamou a atenção para o facto de os comportamentos de risco se agravarem nos jovens adolescentes. Embora os jovens com acesso a informação, educação escolas livros e internet devessem ter comportamentos diferentes, verifica-se que jovens com acesso à informação ou sem acesso à informação têm o mesmo tipo de comportamento! Nesta altura o silêncio sepulcral no auditório revelou o interesse e respeito dos nossos alunos quanto à doença. Outros temas sociais e éticos foram ainda focados pelo Dr. Casasnovas, como são o estigma social em Moçambique para com as mães portadoras do vírus que face aos olhares sociais discriminatórios amamentam os seus filhos transmitindo-lhes o vírus ou dos casos de abandono do tratamento de antroretrovirais que enfraquece o tratamento de linha 1 sendo necessário aumentar as doses de tratamento.
Por fim, o Doutor José explicou em que consistem os dois tipos de testes do HIV SIDA, tendo-se optado pelo teste rápido para se realizar um rastreio na EPM. Neste modo, no gabinete médico escolar, nos dias 30 de Novembro e 2 de Dezembro, alunos, funcionários e docentes fizeram fila para fazer o teste e viver com controle da sua vida. Bem haja aos corajosos e trata de ti controlando o que queres fazer na tua vida: informa-te!

Dia da Cultura Ciêntifica


No sentido de assinalar o Dia Nacional da Cultura Científica, a 24 de Novembro, o Departamento de Ciências Exactas e Experimentais desenvolveu um conjunto de actividades, de forma a sensibilizar os nossos alunos para o rigor e espírito científico.

Assim, na parte da manhã desta 5ª feira, as turmas dos 3/4 anos foram convidadas a visitar o laboratório de Biologia Geologia, onde alunos do 12º ano exploraram modelos pedagógicos do corpo humano, material de laboratório e realizaram ainda duas actividades laboratoriais para despertar interesse e fascínio pela ciência.
Este tipo de actividades com tutoria de alunos mais velhos para alunos mais novos são sempre mais eficazes, reflectindo-se numa maior sintonia e entendimento entre os alunos envolvidos. Ao contrário do que possam pensar, os alunos do pré-escolar observaram as experiências com muita atenção e colocaram questões muito pertinentes! Houve um excelente feed-back dos alunos do pré-escolar que debateram esta visita em sala de aula, culminando com desenhos muito especiais e criativos

Na parte da tarde, os alunos do ensino secundário, do 11º e 12º anos, assistiram a uma palestra no auditório Carlos paredes, cuja oradora, Professora Doutora Fernanda Bessa do Instituto Superior de Agronomia da UT Lisboa nos divulgou os resultados da sua tese de doutoramento sobre " Importância da identificação de madeiras na necessidade de garantir a sustentabilidade das florestas tropicais: criação de uma e-xiloteca com fins científicos e económicos".
O tema vai de encontro não só à comemoração do dia nacional da cultura científica como integra também as comemorações do Ano Internacional das Florestas, lançado pelas NU para o ano de 2011. Este trabalho sobre as madeiras é de toda a pertinência para os alunos do secundário pois as técnicas de identificação e classificação passam pela análise matemática das características das madeiras e pela classificação dos feixes condutores das plantas, conteúdos abordados nas diferentes disciplinas do ensino secundário.

Os alunos constataram assim a estreita relação existente entre as disciplinas, vendo a sua utilização prática num caso de estudo e constatando também a interdisciplinaridade, não sendo as ciências exactas e experimentais dissociáveis umas das outras.

A Professora Doutora Fernanda Bessa terminou a sua intervenção divulgando o projecto de Ciência Viva Português, constituído para aproximar a sociedade da ciência. Os alunos ficaram a conhecer o papel da Ciência Viva, os Centros de Ciência Viva existentes em muitas cidades de Portugal e o seu dinamismo próprio, podendo e devendo os nossos alunos visitá-los sempre que tiverem oportunidade. Contrapondo o modelo estático dos museus comuns, os Centros de Ciência Viva (www.cienciaviva.pt) despertam o gosto pela ciência apelando à intervenção do visitante, podendo este mexer, testar e verificar os aparelhos e as hipóteses da pesquisa.

Para além deste projecto, a Ciência Viva desenvolve ainda enumeras actividades, dos quais se destacam:

- os cursos de verão, onde os alunos do ensino secundário podem usufruir de um estágio científico em laboratórios de instituições de todo o país;

- actividades de verão, mais conhecidos pelas temáticas científicas de Biologia no Verão, Geologia no Verão, Engenharia no Verão, Astronomia no Verão, Faróis e Castelos, passíveis de inscrições na internet para todas as idades, que se baseiam e vistas de campo orientadas pelos cientistas portugueses

- campos de férias, ETC

- Projectos e concursos quer lançados a nível nacionais quer a nível internacional.

Relativamente aos concursos lançados às escolas, a Professora Doutora Fernanda Bessa desafiou a EPM e os seus professores a participarem, promovendo o intercâmbio cultural entre escolas dentro e fora do território português. Embora a EPM já participe em projecto da Ciência Viva, da "Rocha Amiga" e da "Missão X", ficou o desafio de se fortalecerem as relações e aumentar as participações noutros concursos.
Um agradecimento especial para a oradora Professora Doutora Fernanda Bessa que nos dedicou do seu tempo, dedicação e carinho, pois a sua presença foi um estímulo enorme para toda a comunidade educativa!
Bem haja!

E tu aluno, informa-te na página da Ciência Viva e envolve a tua turma!

Seguranet


A Equipa PTE iniciou um projecto na Escola Portuguesa de Moçambique, de cariz nacional Português, conhecido como Seguranet.

Assumindo que a geração actual utiliza prioritariamente e principalmente as ferramentas TIC como forma de trabalho, pesquisa e lazer, este projecto pretende essencialmente reconduzir os alunos e professores para uma utilização segura deste recurso.

Tendo conhecimento da utilização incorrecta e indevida que os nossos alunos fazem da internet disponibilizada pela escola, tem havido inúmeras acções que visam travar esse desvio. O projecto Seguranet pretende ensinar a aceder a sítios de internet de forma segura, a fazer downloads de jogos de forma segura, etc... uma vez que o acesso dos alunos é incontornável e incontrolável, quer pela via da escola quer pela sociedade informatizada em geral que constituímos.

Esta sessão de 45 minutos para cada turma, despertou os utilizadores da internet para os problemas de segurança da navegação, quer do ponto de vista do hardware, que pode instalar inadvertidamente vírus ou perder dados, quer do ponto de vista do utilizador, que pode ver os seus direitos violados através da espionagem informática.

Os alunos compreenderam a mensagem e aderiram em força visitando o sítio da internet oficial www.seguranet.pt onde todo o projecto está disponível para aplicação das escolas. Nesta página existem explicações pormenorizadas de como realizar actividades na internet de forma segura, quer para os professores e para os alunos, que devem ser visitados por toda a comunidade escolar.

Numa segunda fase, a Equipa PTE disponibilizou aos Directores de Turma 6 desafios da segurante para amadurecer as ideias dos alunos. Consistia por isso, em colocar a turma perante 6 situações de perigo na navegação informática, fazendo-os reflectir antecipadamente para tomarem decisões correctas em situações criticas no futuro.

Prevê-se a continuidade deste projecto na EPM, estando já previstas sessões para o segundo período que irão abordar a questão da utilização da informação existente na internet de forma segura, uma vez que os nossos alunos utilizam a internet para os seus trabalhos científicos não filtrando as páginas credíveis nem fazendo referência às fontes para fazer prova das suas afirmações, o que leva a situações de desinformação e de plágio.

Estes pequenos aspectos a trabalhar melhora substancialmente a qualidade da utilização da internet nesta sociedade em que estamos inseridos, que caminha galopantemente para a globalização informática, com aspectos positivos que devem ser realçados e aspectos negativos que devem ser minorizados.

A equipa PTE convida todos os interessados a partilhar essa vontade de aprender mais e melhor!
Bem haja!

sábado, 30 de julho de 2011

VAMOS PORT' A BAILAR JÁ EM SETEMBRO!










PORT’ a Bailar é o novo grupo etnográfico de danças e cantares da EPM-CELP. Constitui-se por um grupo informal que tem como fio unificador o gosto pelo folclore português.
Tem como missão revitalizar o património tradicional oral, musical e coreográfico da cultura portuguesa.
As inscrições estão já abertas a todos os funcionários, professores. alunos e encarregados de educação da EPM.






Para mais informações,contacte a Secretaria ou a Profª Tânia Silva.
Entretanto, abram o apetite para as danças com esta crónica.






Só lá vou com cantigas








por: Tânia Silva, texto publicado originalmente na Revista Rodobalho







“A minha saia velhinha
Toda rotinha de andar a bailar
Agora tenho uma nova,
feita na moda para estrear.”

(Cantiga da Sacha, recolh. Minho,
antologia: Povo que canta)








Acabaram-se as férias. Regressar ao ritmo monótono dos dias de trabalho urbano e esquecer reuniões de família, viagens, jantaradas, concertos e festivais vai ser difícil. Porque não fazer como as camponesas de outrora e ir, com o cesto do farnel na mão, preparados para encher os recantos mais bafientos dos nossos gabinetes e salas de aula com belos timbres de cantigas de trabalho?
Dado o meu estado depressivo, já me antecipei com os preparativos, e, ouvi esta canção: “A minha saia velhinha, toda rotinha de andar a bailar”… Ao ouvir esta cantiga tradicional não contive o sorriso pelo contraste entre o som de cavar a terra dura e o lirismo doce que o grupo das vozes femininas deixa transbordar. Como é que este bando de mulheres nortenhas, persistentes, de sachola em riste, gotas de suor a espreitar em cada poro ainda tem ânimo e energia para entoar uma canção sobre o estado da roupa?
Excitação com a abertura da nova Mango? Crise de ansiedade pela próxima “ladies night”? Não, algo muito diferente: Descobriram o poder da música e da dança. A meio do trabalho. Normalmente as grandes descobertas e avanços na História da Humanidade são feitas nas situações mais adversas. É também sabido que a espécie humana tem como forma de alienação a música, a poesia, a dança e tantas outras formas artísticas.
Para estas mulheres, uma forma de aliviarem as “duras penas” é o canto, canto esse que evoca um baile. Duplo alheamento, portanto. Nem a ceifeira de Pessoa chegou a tanto!
Para quem canta e para quem dança o Tempo é redimensionado. O tempo cronológico suspende-se e nós, quais arquitectos do novo universo, recriamos um novo espaço e um novo tempo. O nosso corpo reparte-se pelo espaço ao sabor do desejo de dançar – mais ou menos agitado - e aí concebemos o infinito. Rasgamos o ar, o chão, o salão (e a saia) em busca da libertação do corpo e a explorar o espaço imaginado, que nunca acaba, que é um jogo de cruzamentos com outros corpos aspirantes da mesma liberdade.
O conceito de Infinito não é pêra doce, há quem o descubra na Matemática, outros na Religião, infelizmente nunca foi o meu caso.
A minha professora de Matemática (daquela matemática mais abstracta -porque até à escola primária a Dª Alda dava-nos problemas concretos sobre pessoas remediadas-) assustava-nos com o seu assobio de trabalhador de andaime durante os exercícios de gente alguma. O meu catequista era um talhante que aos Sábados nos dizia que Deus era muito grande e estava em todo lado, entre muitos outros super-poderes, e nos dias úteis empunhava facões e machados para esventrar vacas e porcos.
O mundo era muito pequeno: começava no som estridente do silvo da Profª Manuela Borges e acabava na mancha de sangue do avental do Srº Tomé.
Mais tarde, o mundo cresceu consideravelmente, mas sentir o Infinito, ah, isso, só lá vou com cantigas…
Acabaram-se as férias… vamos cantar e bailar?

terça-feira, 28 de junho de 2011

Parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática sobre o Exame Nacional de Matemática A - Prova 635, 1ª Fase – 27 de Junho de 2011

O Exame Nacional de Matemática A que hoje se realizou é equilibrado, cobre correctamente o programa e tem uma extensão adequada ao tempo de resolução previsto.
A Sociedade Portuguesa de Matemática regista com agrado um aumento no grau de exigência geral da prova, estando a presente avaliação mais adaptada ao que consideramos ser o conjunto de conhecimentos e procedimentos matemáticos que os alunos devem dominar ao término do Ensino Secundário. Certas questões, como a 5 ou a 6.1 do grupo II, requerem um desembaraço superior ao que tem sido norma em anos anteriores.

Contudo, existem aspectos que devem ser corrigidos nos próximos anos. Por exemplo, não se justifica a existência do formulário, que reúne uma colecção de factos que devem ser conhecidos por qualquer aluno no final do 12º ano nas áreas de ciência, tecnologia e economia. Por outro lado, faltam itens que apelem ao raciocínio abstracto matemático. Este tipo de questões são escassas e aparecem sistematicamente ligadas às Probabilidades (ver o item 3 do grupo II). Finalmente, faltam perguntas de selecção que permitam fazer a distinção entre os alunos muitos bons e os alunos excelentes.

Apesar de considerarmos que o grau de dificuldade da prova ainda está abaixo do desejado, pode não ser razoável, depois do nível baixíssimo que este exame atingiu em 2007 e 2008, aumentá-lo de forma abrupta num espaço de tempo tão curto, pelo que fazemos uma avaliação positiva da presente prova.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática sobre o Exame Nacional de Matemática do Ensino Básico – 3º ciclo Prova 23, 1ª Chamada

O exame que hoje se realizou é equilibrado e cobre adequadamente o programa. A Sociedade Portuguesa de Matemática congratula-se com o desaparecimento da contextualização excessiva que pautou esta prova em anos anteriores. Tal como temos vindo a defender, o condicionamento abusivo dos enunciados a determinados contextos constitui um elemento distractivo que dificulta o ensino e a avaliação dos métodos e procedimentos matemáticos que se pretendem realizar.

O grau de dificuldade é comparável ao do exame de 2010, notando-se no entanto um ligeiro aumento na complexidade das questões mais selectivas (ver por exemplo o item 14.3). Desta forma, consideramos que obter positiva nesta prova requer do aluno um desempenho equivalente ao que era exigido no ano passado, embora se tenha provavelmente tornado um pouco mais difícil obter nível 5.

As questões que avaliam conteúdos do 7.º ano poderiam ter um grau de dificuldade mais elevado (itens 5 e 9), apesar de se confirmar este ano o desaparecimento de questões de puro bom senso e de resposta imediata que nada avaliavam e que caracterizaram infelizmente este exame entre 2007 e 2009.

Em suma, esta prova é muito semelhante à de 2010 e, tal como referimos nessa data, fica ainda em termos de exigência abaixo do que consideramos desejável. Se por um lado se confirma um distanciamento dos baixos níveis de exigência patentes até 2009, há ainda que dar alguns passos no sentido de tornar esta prova adequada à avaliação dos conhecimentos que os alunos devem alcançar no final da escolaridade obrigatória.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Concerto Rock Gasparoff e alunos da EPM-CELP

Fica aqui o convite a todas as pessoas que gostam de música.

Esta sexta-feira dia 3 de Junho, teremos um concerto no Auditório Carlos Paredes pelas 18:00 horas.
As nossas alunas Shazia Mussa e Rita Rodrigues, irão interpretar alguns temas rock, acompanhadas pelos Gasparoff.

Para quem não conhece Gasparoff, são uma banda de músicos com bastante experiência, que tiveram a amabilidade de participar nesta iniciativa com alunos da nossa escola.

Passem palavra.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Campeonato de Xadrez - Resultados











Decorreu no dia 12 de Maio o campeonato de Xadrez para os alunos do 5ºano de escolaridade. Esta actividade foi desenvolvida pela Área Disciplinar de Matemática.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A matemática e os códigos de barra

Decorreu no dia 12 de Maio no Auditório Carlos Paredes a palestra, A matemática e os códigos de barra. Esta actividade decorreu no âmbito da semana das Ciências. Dinamizada pela área Disciplinar de Matemática esta palestra teve como finalidade demonstrar aos alunos do 10ºano a importância desta área em diversos domínios do quotidiano. Desde a identificação de um simples livro a um carregamento de telemóvel.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Testes online - Canguru Matemático

Testa os teus conhecimentos em Testes online.

Canguru Matemático EPM-CELP

A Associação Canguru sem Fronteiras é uma associação de carácter internacional que junta personalidades do mundo da matemática de diversos países. O seu objectivo é promover a divulgação da matemática elementar por todos os meios ao seu alcance e, em particular, pela organização deste concurso. Pretende-se estimular e motivar o maior número possível de alunos Justificar completamentepara a matemática e é um complemento a outras actividades, tais como competições e olimpíadas. Em Portugal a organização deste concurso está a cargo do Departamento de Matemática (DM) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) com o apoio da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM).

O Concurso consiste numa única prova realizada no mesmo dia em todas as Escolas. Não existe selecção prévia nem existe uma prova final.

O Concurso Canguru de 2011 realiza-se no dia 17 de Março, na EPM-CELP, da parte da tarde.

O Concurso apresenta-se em categorias, de acordo com as idades dos alunos.
Podem candidatar-se à realização da prova os alunos dos 7º, 8º e 9ºanos.

As provas são individuais com duração de 1h30m. Não é permitido o uso de máquinas de calcular ou de computador. Os alunos respondem no enunciado da prova ou numa folha à parte (consoante a preferência do Professor Responsável) a cerca de 30 questões de resposta múltipla com dificuldade crescente.

Fala com o teu professor de Matemática e começa já a treinar!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Internet: Moçambique foi pioneiro em África,hoje está na cauda

Em Moçambique apenas 612 mil pessoas são utentes da Internet, o que representa 2.8 por cento dos pouco mais de vinte e dois milhões dos seus habitantes.

Ouvir com webReader

Os números são fornecidos pelo Internet World Stats, um site que mede as estatísticas demográficas e de mercado da Internet em mais de 230 países. Foram publicados em Agosto passado.
A fonte regista também que existem em Moçambique 45.420 usuários da rede social Facebook, representando 0.2 por cento de penetração desta ferramenta entre o total dos internautas moçambicanos.

Compulsando os dados fornecidos por aquela fonte (www.internetworldstats.com), Moçambique ocupa a posição cimeira na tabela dos utilizadores da Net nos cinco países africanos de língua portuguesa (Palop’s), seguido de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Brasil, com cerca de 76 milhões de usuários e Portugal com pouco mais de cinco milhões destacam-se entre os países de língua portuguesa, com Timor-Leste a ocupar a cauda com apenas 2.100 “navegantes”.
Relativamente à região da África Austral, Moçambique queda-se na sexta posição, abaixo de países como o Malawi, Zâmbia e Tanzânia, com a África do Sul e Zimbabué a ocuparem as duas primeiras posições.
Há três anos, 2007, Moçambique possuía uma das coberturas de Internet menos desenvolvidas de África, apesar de ter sido o terceiro país do continente a aderir ao uso destas tecnologias de informação e comunicação.
“Não progredimos ao nível dos países africanos”, disse na altura, o então director do Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Américo Muchanga, em declarações prestadas à Agência de Informação de Moçambique, AIM. Segundo ele, o país começou a beneficiar-se da rede de Internet em 1992, depois da África do Sul e do Egipto. Aliás, a rede de Internet da Tanzânia foi montada com a ajuda de Moçambique.
“Nós até ajudamos os outros países a montarem Internet mas hoje não estamos entre os primeiros 10 ou 15 (ou mesmo 30) países com a melhor utilização em termos de acesso e de qualidade de serviço, estando Moçambique a competir com países pequenos como Suazilândia e Malawi”, disse em notícia publicada em maio de 2007.

Posição de Moçambique na Lista dos Utilizadores da Internet (dados referentes a Agosto de 2010)

PALOP’S (Países Africanos de Língua Portuguesa)

01 - Moçambique – 612.000 (2.8%)
02 - Angola – 607.400 (4.3%)
03 - Cabo Verde – 150.000 (29.5%)
04 - Guiné-Bissau – 37.100 (2.4%)
05 - S.Tomé e Príncipe – 26.700 (0.4%)

ÁFRICA AUSTRAL (Membros da SADC)

01 - África do Sul – 5.300.000 (6,5%)
02 - Zimbabué – 1.422.000 (12.2%)
03 - Zâmbia – 816.000 (6.8%)
04 - Malawi – 716.400 (4.6%)
05 - Tanzânia – 676.000 (1.6%)
06 - Moçambique – 612.000 (2.8%)
07 - Angola – 607.400 (4.3%)
08 - RD Congo – 365.000 (0.5%)
09 - Madagáscar – 320.000 (1.5%)
10 - Namíbia – 127.500 (6)
11 - Botsuana – 120.000 (5.9%)
12 - Suazilândia – 90.000 (6.6%)
13 - Lesoto – 76.000 (4.0%)