quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Natal

A EPM - CELP deseja a toda comunidade educativa e a todos os leitores deste blog um feliz natal e um próspero ano novo.


sábado, 1 de dezembro de 2007

1 de Dezembro de 1640 - Restauração da independência de Portugal


Comemora-se em Portugal, no dia 1 de Dezembro, a Restauração da independência do país, facto único na história portuguesa.
Não obstante a perda da independência ter sido quase uma realidade entre 1383 e 1385, devido à crise provocada pela sucessão de D. Fernando, a verdade é que o sentimento nacionalista prevaleceu sobre o maior poderio militar do exército castelhano e a Batalha de Aljubarrota tornou-se um marco incontornável da história portuguesa.
Ora, entre 4 de Agosto de 1578, data do desaparecimento de D. Sebastião, e 1580, ano da morte do cardeal D. Henrique, foi precisamente o desvirtuamento dos valores que consagram a individualidade de uma nação o móbil que levou a um desfecho diametralmente oposto ao registado naquele período mais recuado. De facto, perante uma nova crise sucessória, já que D. Sebastião e o cardeal D. Henrique não tinham descendência (o primeiro por descuido político, o segundo por ser um membro da Igreja), os aliciamentos de vária ordem feitos pelos espanhóis aos grupos privilegiados da nação portuguesa foram mais fortes que o sentimento nacionalista, que apenas no povo continuava presente. Não admira, por isso, que nas Cortes de Tomar, de 1581, Filipe II, de Espanha, tenha tomado posse como rei de Portugal, com o título de D. Filipe I, pondo fim à Dinastia de Avis e inaugurando uma nova Dinastia, a Filipina.
Nas Cortes, o novo rei afirmou a união dinástica, embora jurando alguma autonomia para Portugal, cumprida no início do seu reinado, embora no final do mesmo, e já marcadamente com os seus sucessores, Filipe II e Filipe III, de Portugal, a situação já resvalasse para uma tirania, com o propósito último de apagar os privilégios anteriormente jurados, e levar Portugal, para além da unidade dinástica, à unificação institucional.
Perante esta situação, a nobreza e o clero (e também a burguesia) começaram a ver que tinham caído num engodo e, aos poucos, o sentimento nacionalista sobe das camadas populares para as camadas superiores da sociedade portuguesa. O clero começa a mover influências, a nobreza arquitecta a revolta e o povo conferirá massa humana à mesma. Rodeada de problemas político-económicos, internos e externos, com apenas uma representante do rei a governar o reino português, a duquesa de Mântua, a Espanha de 1640 torna-se um alvo relativamente fácil para uma bem estruturada revolta portuguesa, que tinha como objectivo a restauração da independência do país.
Assim, no dia 1 de Dezembro de 1640, e já depois de se ter convencido o duque de Bragança, D. João, a assumir os destinos do país, um grupo de destacados nobres portugueses introduz-se no Paço da Ribeira, residência oficial da duquesa, manieta os soldados reais e vem à varanda principal proclamar D. João como novo rei de Portugal. Terminava, assim, o domínio espanhol sobre Portugal, tendo a revolução sido recebida pela população portuguesa com enorme júbilo. D. João fica com o título de D. João IV e inaugura-se uma nova Dinastia, a de Bragança.
Espanha não se dá por vencida e durante vinte e oito anos irá tentar pôr fim à revolução. Contudo, sem forças para acorrer a mais este problema, não lhe restará outra alternativa senão aceitar os factos e, a 13 de Fevereiro de 1668, é assinado o Tratado de Lisboa, entre D. Afonso VI de Portugal e Carlos II de Espanha, que põe fim à Guerra da Restauração e regista o que na prática já se tinha efectivado a 1 de Dezembro de 1640, a restauração da independência de Portugal.


A Área Disciplinar de História

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

VIII Aniversário da EPM-CELP



No dia 23 de Novembro celebrar-se-á o 8º aniversário da fundação da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa, uma instituição educativa portuguesa sedeada em Maputo e que actualmente conta com cerca de 1300 alunos oriundos de 24 nacionalidades.
A comemoração da efeméride aberta, a toda a comunidade educativa, será composta por dois momentos distintos:

No período da manhã, haverá uma Sessão Solene que será presidida pela Dr.ª Albina Santos Silva e que contará com altos representantes da Educação e das Artes da República de Moçambique (Educação) e da República da África do Sul (Educação e Artes). Será proferida uma Oração de Sapiência proferida pelo Dr. Nélson Saúte, além das intervenções institucionais. Esta Cerimónia contará ainda com a entrega de distinções a Alunos, Professores e Funcionários, Bolsas de Mérito aos alunos, dos diplomas de dedicação a Professores e Funcionários, que pelo seu desempenho pedagógico e profissional, serão distinguidos, o Prémio Miguel Torga e o Prémio Baltasar Rebelo de Sousa. Estes momentos serão intervalados por intervenções musicais, realizadas por alunos e professores. Será ainda descerrado um tríptico de azulejaria portuguesa, o qual pretende invocar a Literatura de Mundo Lusófono, da autoria do Comendador Gilberto Leal.

No período da tarde decorrerá uma Festa ao Ar Livre onde além do já tradicional Magusto de S. Martinho, acontecerão vários momentos lúdicos, como sejam um espectáculo musical e a entrega dos prémios das Olimpíadas de Português e dos Campeonatos de Matemática, realizados ao longo do ano lectivo 2006/2007.

Paralelamente às actividades descritas, decorrerão diversas exposições: de pintura, da autoria dos artistas plásticos Luís Cardoso e João Magude, de escultura, da autoria dos artistas Mulungo e Mboa, de fotografia, do fotografo António Silva e de Azulejaria, da autoria do Comendador Gilberto Leal e ainda um Workshop de Azulejo, dinamizado por artistas moçambicanos e sul-africanos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Visão Júnior - Novembro de 2007 - nº 42

Nota: Clique na imagem para ampliá-la.



terça-feira, 13 de novembro de 2007

III Olimpíadas da Informática

No dia em que a "Cidade das Acácias" ou o "Jardim de África" comemorou o seu 120º aniversário, decorreram nas instalações da Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa, as III Olimpíadas de Informática, organizadas pelos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação de Moçambique, em parceria com a EPM-CELP, que disponibilizou a infra-estrurura, alguns equipamentos (cerca de 100 computadores), pessoal docente e não docente, para que o referido evento fosse um êxito, à semelhança das realizações anteriores.


sábado, 10 de novembro de 2007

"Dia Do Não Fumador" - 17 DE NOVEMBRO


Tabagismo é o hábito de fumar, o acto voluntário de inalar o fumo da queima do cigarro. Este hábito é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo ocidental.
A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumadores.
Pesquisas realizadas pela OMS comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.
“Oferecer ou aceitar um cigarro é uma gesto frequente, uma atenção, um meio de comunicação entre pessoas.
No entanto, estudos recentes permitem concluir que cada cigarro fumado custa ao fumador 5,5 minutos de esperança de vida e 5 ou 6 anos para quem fumar 20 cigarros por dia.”
(Motta e Sequeira, 1999)

Para assinalar o "Dia Do Não Fumador"- 17 de Novembro, a Área Disciplinar de Ciências Naturais e o Gabinete de Saúde Escolar promovem no âmbito da Educação para a Saúde, na quinta-feira – 15 de Novembro, um conjunto de actividades desenvolvidas, pelos alunos do 9º Ano de Escolaridade, de forma a criar hábitos de prevenção contra o tabagismo. Esta prevenção inclui a prevenção da iniciação ao hábito de fumar, a eliminação das fontes de exposição involuntária ao fumo do tabaco, e o apoio/promoção aos programas de abandono do tabaco.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

X Jornadas de Formação - Cerimónia de Encerramento 03 de Novembro de 2007

Dando sequência à tradição instituída desde Março de 2003, nos dias 27 de Outubro e 03 de Novembro, o Centro de Formação e Difusão da Língua Portuguesa, organizou as X Jornadas de Formação para docentes e técnicos do sistema educativo moçambicano, onde foram contempladas áreas científicas e técnicas com o necessário enquadramento pedagógico, ao sistema de ensino moçambicano: Português e Matemática nos diversos ciclos de ensino, Gestão e Contabilidade, Educação Física e Desporto Escolar, Informática, Educação Pré-Escolar, Educação Visual, Psicologia, Direito e Literatura.

Foi com grande prazer e muito entusiasmo, que o Centro de Formação e de Difusão da Língua Portuguesa, preparou a realização destas jornadas, as quais contaram com a presença de quatrocentos agentes deste sistema, que trabalharam durante estes dois dias, sempre numa perspectiva de partilha de saberes, de técnicas, de experiências, de reflexões e até de dúvidas – porque afinal é essa a génese do processo de formação contínua, procurando superar eventuais constrangimentos do quotidiano, e gerindo a construção intelectual de uma forma estimulante.

A Escola Portuguesa de Moçambique tem investido dentro das suas possibilidades tanto em termos dos recursos financeiros, com em termos dos seus recursos humanos, na formação de professores e de técnicos do sistema educativo de Moçambique, porque acredita que os progressos sócio-económico e tecnológico só serão possíveis, se forem alicerçados na solidez da Educação, onde os professores desempenham um papel fundamental, dado que são eles os verdadeiros agentes da mudança.

Aliás, este investimento surge no âmago da Cooperação Portuguesa, na área da Educação, dentro do espírito de estar a prestar um serviço público, ao país onde a EPM-CELP está implantada de acolhimento.

De facto, ao longo das dez jornadas que a EPM-CELP já organizou, num total de mil setecentas e noventa horas de formação efectiva, já foram formados mais de dois mil professores e técnicos do sistema de ensino moçambicano.
É a clareza destes números, que garantem à EPM-CELP estar no trilho certo, deste périplo científico e pedagógico, que persistirá em realizar, enquanto sentir que há uma demanda a satisfazer.

De Lourenço Marques a Maputo - Alguns dados sobre a sua História



Comemora-se a 10 de Novembro do presente ano de 2007, 120 anos da cidade de
Maputo. Esta cidade, situada na baía e província do mesmo nome, no Sul de
Moçambique tem uma história marcada por conflitos que envolveram vários povos,
africanos, europeus e asiáticos.
Vamos conhecer alguns factos da sua história.
O navegador e comerciante português Lourenço Marques foi, por volta de 1544, o
primeiro europeu a fazer o reconhecimento de toda a região que confinava com a baía a
que chamou do Espírito Santo (actual baía de Maputo) mas há referências portuguesas a
esta baía, anteriores a essa data.
A exploração comercial desta região começou com a fundação de uma feitoria e a
construção de algumas casas nas ilhas, dos Portugueses (próxima da Inhaca) e da
Xefina. Todos os anos chegava à baía do Espírito Santo uma nau que partia da ilha de
Moçambique (ocupada pelos portugueses desde 1507 e depois convertida em sede do
governo colonial) e tinha como objectivo adquirir marfim em troca de tecidos e
missangas.
Durante os séculos XVII e XVIII esta zona começou também a ser frequentada por
navegadores e comerciantes ingleses, holandeses, franceses e austríacos. Durante algum
tempo, primeiro holandeses e depois austríacos, fixaram-se na baía mas, em 1781, uma
expedição militar portuguesa, proveniente de Goa, chegou a esta região, tomou e
destruiu a feitoria que os austríacos haviam erguido e restabeleceu a hegemonia
comercial portuguesa.
«Deve-se a Vicente Caetano da Maia e Vasconcelos, governador interino de
Moçambique, empossado em 8 de Maio de 1781, a iniciativa de se instalar “uma
feitoria e casa forte”, o chamado presídio, para proteger o comércio português na
Baía. Para a sua concretização, nomeou, em 25 de Novembro de 1781, capitão-mor e
governador Joaquim de Araújo e “deu-lhe as instruções por que deveria reger-se, (...)
que constituem a primeira carta orgânica-política, administrativa e económica da baía
e terras de Lourenço Marques”. Oficialmente, essas instruções, consubstanciadas no
denominado Regimento de 25 de Novembro de 1781, são consideradas o diploma de
criação de Lourenço Marques.»
No início do século XIX, o presídio de Lourenço Marques era um pequeno aglomerado
de casas e palhotas que se situavam entre a fortaleza, situada ao pé da praia e a actual
Praça dos Trabalhadores (onde se localiza a Estação dos Caminhos de Ferro). Era
também conhecido pela designação de Xilunguíne que significa o sítio dos brancos.
Em volta da baía existiam várias unidades políticas sendo as principais: Magaia,
Mpfumu e Matola, ao norte, Tembe e Maputu ao sul da baía. Esta zona começou, desde
o início do século XIX, a ser afectada pelas conquistas de vários grupos de nguni,
vindos de Natal. As guerras que daí resultaram provocaram mudanças políticas.
Até 1828 o estado dos Zulu, chefiado por Chaca, estendeu-se até à baía de Maputo. Os
chefes das antigas unidades políticas não foram substituídos mas sim forçados a pagar
tributo e a fornecer apoio militar.
Em 1833 o estado dos Zulu tinha estendido o seu poder até à margem norte da baía e era
chefiado por Dingane (irmão de Chaca) desde 1828. Para o rei Zulu o governador
português de Lourenço Marques, na altura Dionísio Ribeiro, era uma espécie de chefe
regional na baía de Maputo e por isso tratava-o basicamente como tratava os chefes
africanos da região.
No presídio de Lourenço Marques, para além das pressões exercidas pelas várias
unidades políticas que o circundavam, os portugueses enfrentaram a rivalidade dos
ingleses que se tinham estabelecido no Natal desde 1834 e que tinham pretensões
relativamente ao sul da baía (Maputo, Catembe e Inhaca). Esta rivalidade inglesa só foi
resolvida a 24 de Julho de 1875 depois da sentença arbitral proferida pelo então
presidente da República Francesa, marechal de Mac-Mahon que reconheceu a Portugal
direitos soberanos sobre a região.
Nos finais do século XIX o comissário régio António Enes instalou-se em Lourenço
Marques, com o seu estado-maior, para dirigir a ocupação militar do sul de
Moçambique. O chefe Mpfumu Nuamantibjane e o seu aliado Mahazul, chefe da
Magaia, foram os maiores opositores à ocupação colonial portuguesa da baía mas a
mesma acabou por se efectivar.
Lourenço Marques foi-se então expandindo gradualmente, por vontade política
portuguesa e por factores económicos relacionados com o porto que era, na altura, para
as comunidades boers do interior (África do Sul) uma via rápida de comunicação com o
exterior.
A 9 de Dezembro de 1876, Lourenço Marques foi elevada à categoria de vila e a 10 de
Novembro de 1887 ascendeu a cidade pelo decreto real que aqui se transcreve:
“Tomando em consideração o notavel incremento que tem tido a villa de Lourenço
Marques, capital do districto do mesmo nome na provincia de Moçambique, em
resultado dos melhoramentos materiais ali ultimamente realisados, e attendendo á
excepcional importancia que tanto aquella villa como o seu porto hão de adquirir com
a proxima exploração do caminho de ferro que ha de ligar, por uma communicação
facil e rapida, aquele districto com a republica do Transvaal, importancia que é já hoje
muito sensivel no augmento da navegação e do commercio, e na transformação rapida
que se está operando nas condições economicas e sociaes d’aquella povoação: hei por
bem decretar que a mencionada villa seja elevada á categoria de cidade, com a
denominação de: cidade de Lourenço Marques.
O ministro e secretario d’estado dos negócios da marinha e ultramar assim o tenha
entendido e faça executar.
Paço, em 10 de Novembro de 1887 =REI= Henrique de Macedo”.
A 23 de Maio de 1907 Lourenço Marques tornou-se a capital da colónia de
Moçambique ao ser decretada a reforma denominada “Reorganização Administrativa da
Província de Moçambique”.
A cidade cresceu ligada à actividade portuária e modernizou-se. Um estudo
pormenorizado da cidade, das suas ruas, praças e edifícios, da vida social, económica e
política ao longo do tempo, foi feito pelo historiador português Alexandre Lobato na
obra “Lourenço Marques, Xilunguíne – biografia da cidade”.
Após a independência de Moçambique, a 3 de Fevereiro de 1976, o primeiro Presidente
da República, Samora Moisés Machel, num comício realizado na capital do país
anunciou a mudança do nome da cidade de Lourenço Marques para Maputo, dizendo:
“Vamos dizer Lourenço Marques? População de Lourenço Marques? Então como é
que vamos dizer? Viva a população da Província de Maputo! Viva a população do
distrito de Lourenço Marques? Então são de Lourenço Marques? Não. Então qual é o
nome que vamos dar à nossa Província? Como é que se vai chamar esta Província?
Capital de onde? O nome da capital como é que vamos dizer? Então? Eu vou dizer
depois de ter ouvido muitas opiniões aqui. Lourenço Marques já não é Lourenço
Marques. A capital chama-se Maputo. A partir das nove horas e trinta e cinco minutos
de hoje Lourenço Marques morreu, a nossa capital chama-se Maputo. Província de
Maputo, capital Maputo.”
Maputo manteve-se até hoje como a cidade capital de Moçambique e é a maior das suas
cidades.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Comemoração do 10 de Novembro - Dia da Cidade de Maputo


A Área Disciplinar de História tem o prazer de informar toda a Comunidade Escolar que nos dias 8 e 9 de Novembro irá comemorar, por antecipação, a efeméride relativa ao 10 de Novembro de 1887, através das seguintes acções:

- Exposição de um conjunto de posters relativos à história, urbanismo, paisagística e arquitectura da Cidade de Maputo, desde a sua origem até à actualidade (Átrio Principal);
- Exposição de poemas e desenhos realizados por alunos (Átrio Principal);
- Apresentação do diaporama “A História da Cidade de Maputo” (Átrio Principal e Átrio Fernando Pessoa);
- Artigo sobre a história da Cidade de Maputo (Blog da EPM-CELP).

Assim, todos estão desde já convidados a passar pelos respectivos locais, de modo a ficarem a conhecer algo mais acerca deste dia histórico para Maputo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

X Jornadas de Formação - Dia 27 de Novembro


Depois uma semana bastante nebulada e com alguma chuva, eis que no sábado a EPM-CELP pôde contar com as tréguas dadas pelos Deuses do Olimpo, tendo a Cidade das Acácias, acordado sob um sol radiante.

Quanto à EPM, cada vez mais parecida com a Big Apple, porque também não pára, no dia 27 de Novembro, abriu uma vez mais, as suas portas aos docentes e técnicos do sistema de ensino moçambicano, para as já clássicas Jornadas de Formação, as quais contam já com dez edições, sendo que nesta última estiveram presentes cerca de 400 agentes do referido sistema.

Sob o lema "um professor é um agente da mudança e em constante evolução", ao longo de um dia - das 08 às 16 e 30, partilharam-se saberes e experiências entre os dois sistemas de ensino: o português e o moçambicano.

A derradeira sessão que ocorrerá a 03 de Novembro além da conclusão dos trabalhos, serão ainda entregues os certificados de participação.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

X Jornadas de Formação

Caríssimos Colegas do Sistema de Ensino Moçambicano



Dentro de dois dias, (27 de Outubro) iniciar-se-ão as X Jornadas de Formação para Docentes e Técnicos do Sistema Educativo Moçambicano, nas quais se inscreveram perto de meio milhar de agentes do referido sistema de ensino. É caso para reafirmar que efectivamente a Educação move montanhas!
Para ver se está inscrito clique AQUI.

As listas também se encontram afixadas desde hoje nos painéis junto à porta de entrada na EPM.

A entrada dos formandos e formadores na EPM, será feita pelo portão 1.

Votos de bom trabalho e que a chuva não nos atrapalhe.


Atenciosamente
Jeremias Correia - Coordenador do Centro de Formação

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

16 de Outubro - Dia Mundial da Alimentação

A Comer é que a Gente se Entende!!!


No dia 16 de Outubro assinala-se, todos os anos, o Dia Mundial da Alimentação. Este dia é comemorado há 27 anos para lembrar o surgimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 16 de Outubro de 1945. Todos os anos a FAO propõe um tema diferente para comemorar este dia. O tema do presente ano é "O Direito à Alimentação". Segundo a FAO, "a escolha do tema demonstra o crescente reconhecimento da comunidade internacional à erradicação da fome e da pobreza no mundo e à intensificação do desenvolvimento sustentável".

Para celebrar este dia, os alunos do 6° ano aprenderam, nas aulas de Ciências da Natureza, a fazer iogurte natural. Em seguida, construiu-se um Powerpoint com as fotografias que ilustram os procedimentos desta actividade. No dia 16 de Outubro, terça-feira, foram mostrar aos meninos da pré dos 5 anos como se faz o iogurte natural e levaram um pouco do iogurte que confeccionaram para os meninos da pré provarem e eles gostaram muito! Tinham trazido de casa uma colherinha porque já sabiam que no final iriam poder provar um pouco do iogurte caseiro confeccionado pelos colegas do 6° ano.



Para os alunos do 9° ano as actividades foram outras: tomaram um pequeno almoço saudável, que variou desde sandes de queijo, fiambre ou jam até iogurtes naturais e peças de fruta acompanhadas de sumos de frutas ou leite, às 7.00 horas, na esplanada da Escola; construiram de uma Roda dos Alimentos na cantina da Escola; responderam a um questionário sobre hábitos alimentares e fizeram o tratamento estatístico dos resultados nas aulas de Área de Projecto durante as semanas que precederam esta data. Na terça-feira, dia 16 de Outubro, apresentaram-nos, em Powerpoint, aos colegas do 6° ano, com auto-críticas, sugestões e conclusões.



O Grupo de Ciências

terça-feira, 16 de outubro de 2007

X Jornadas de Formação para Docentes e Técnicos do Sistema de Ensino Moçambicano

Nos próximos dias 27 de Outubro e 03 de Novembro (dois Sábados), entre as 08.00 e as 16h30m, a Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa, vestirá o seu traje de gala, para acolher no seu seio todos os docentes e técnicos do Sistema de Ensino Moçambicano, que queiram frequentar gratuitamente as X JORNADAS DE FORMAÇÃO.
À semelhança das anteriores nove Jornadas, as inscrições decorrem nos Serviços Administrativos da EPM-CELP durante o horário de expediente: 7.15h - 12.30h (manhã) e 14.00h - 15.30h (tarde). O período aberto para as inscrições será de 15 a 24 de Outubro de 2007.

Os módulos a ministrar (num total de 15 horas) encontram-se especificados na imagem que a seguir se apresenta:

Poderão encontar mais informação em

Participem!

domingo, 14 de outubro de 2007

sábado, 13 de outubro de 2007

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO


Desde os primeiros tempos, na procura da sua comida, a Humanidade foi à descoberta do mundo. A fome foi o motor desta marcha para a frente. Ela ainda é a fonte de todas as suas energias, o motivo dos seus progressos, a origem dos seus conflitos…
À volta do alimento construíram-se civilizações, enfrentaram-se impérios, foram feitas leis, trocaram-se saberes
…”(Maguelone Toussaint-Samat)

No próximo dia 16 de Outubro será celebrado o Dia Mundial da Alimentação. É um momento em que o mundo volta sua atenção para a fome e a insegurança alimentar que afectam cerca de 800 milhões de pessoas. A data, que é comemorada há 27 anos, lembra o surgimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 16 de Outubro de 1945. O tema proposto pela FAO para este ano é "O Direito à Alimentação". Segundo a FAO, "a escolha do tema demonstra o crescente reconhecimento da comunidade internacional à erradicação da fome e da pobreza no mundo e à intensificação do desenvolvimento sustentável".
Para assinalar o Dia Mundial da Alimentação (16 de Outubro), a Área Disciplinar de Ciências Naturais e o Gabinete da Saúde Escolar promovem no âmbito da Educação para a Saúde, na terça-feira, um conjunto de actividades, tais como a construção da Nova Roda dos Alimentos ao vivo, a demonstração do fabrico do iogurte, com o objectivo de aumentar o consumo de leite, palestras dadas pelos alunos sobre alimentação equilibrada e distribuição dos alimentos à escala global.
Este conjunto de actividades tem como objectivo incutir nos nossos alunos, a importância de uma alimentação equilibrada para a manutenção e crescimento do organismo, e ainda a importância da conquista de um Mundo livre de fome.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Abertura do Ginásio

A Escola Portuguesa de Moçambique passou a ter um ginásio (provisório) para que toda a comunidade escolar possa realizar actividade física. As aulas terão lugar às terças e quintas, entre as 17.30 e 18.30. Os Professores, alunos, funcionários interessados deverão contactar o professor João Figueiredo.






segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Projecto de Intercâmbio Moçambique - Brasil

Olá! Moçambique!

Estamos em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, no Sul do Brasil. Fica quase toda (97,2%) em uma ilha costeira – a Ilha de Santa Catarina – , separada do continente por um canal de 500m de largura , no trecho mais estreito. Não é uma cidade grande, pelos padrões brasileiros: sua população não passa de 250 mil habitantes – chega a 300 mil se considerarmos os outros municípios da região metropolitana.

A principal fonte de renda local é o turismo: 42 praias, na maioria oceânicas, atraem visitantes de toda a região e dos países vizinhos – Uruguai e Argentina. Com o clima subtropical, diferentemente dos estados tropicais do Norte, temos estações bem delimitadas – inverno, primavera, verão, outono. Nada, porém, fora da faixa entre 8 e 35 graus centígrados. Há por aqui também igrejas, fortalezas e moradias conservadas ou restauradas que datam do século XVIII, quando o território era disputado por Portugal e Espanha.

As escolas em que trabalhamos e estudamos fazem parte da rede municipal.

Uma delas, Escola Básica Batista Pereira, fica no Ribeirão da Ilha, o primeiro arruamento que se formou quando o Marquês de Pombal trouxe para cá imigrantes açorianos, no contexto da disputa com os espanhóis. Hoje, é um bairro que confronta o continente, com economia baseada no turismo (restaurantes, principalmente) e no cultivo de ostras e mexilhões.

A outra escola, Professora Dilma Lúcia dos Santos, fica distante uns sete quilômetros, perto da praia oceânica da Armação, muito freqüentada nos meses de férias escolares. O bairro formou-se em torno de instalações montadas para a pesca e desmonte de baleias, atividade que se encerrou na década de 1970. Hoje, a principal ocupação dos moradores é a pesca oceânica: os açorianos não tinham tradição pesqueira, mas um japonês, NoboroOda, lhes ensinou a usar redes cerco. Hoje, os barcos incorporam as últimas novidades tecnológicas.

O mais interessante nesses lugares, particularmente na Armação, é o encontro de povos e culturas, típico do Brasil: os açorianos e outros portugueses; os negros, que aqui se estabeleceram, antes e depois da abolição da escravatura; alemães, empresários da pesca da baleia; japoneses que vieram na primeira metade do Século XX; indígenas, principalmente guaranis; italianos; imigrantes recentes, de países vizinhos de fala espanhola (Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia); sabe-se lá quem mais. Não esperem, no entanto, encontrar guetos: intensamente miscigenados, esses ancestrais aparecem, hoje, principalmente nos traços fisionômicos das crianças e nos sobrenomes, alguns difíceis de ler.

Agora, que nos conhecemos, vamos aprofundar o diálogo.


Nildes Lage

Este projecto de Intercâmbio vai ser desenvolvido através da plataforma moodle. Apela-se a todos que queiram participar, serão bem vindos. Para tal basta increveres-te na disciplina do moodle - Projectos de Intercâmbio - Moçambique - Brasil. Queres conhecer uma nova realidade? Uma nova Cultura? Conhecer novos amigos? Estás à espera de quê? Pede ajuda ao teu professor de história e participa.

Comemoração da efeméride do 5 de Outubro de 1910

A Área Disciplinar de História tem o prazer de informar toda a Comunidade Escolar que durante o dia 8 de Outubro irá comemorar a efeméride relativa ao 5 de Outubro de 1910, através das seguintes acções:

- Apresentação de um diaporama a passar, durante todo o dia, quer no Átrio junto à Papelaria, quer no Átrio contíguo ao Bar;

- Escrita de um artigo sobre o mesmo, que está disponível no blog da Escola desde o dia 4 de Outubro.

Assim, todos estão desde já convidados a passar pelos respectivos sítios, de modo a ficarem a conhecer algo mais acerca deste dia histórico para Portugal.

A Área Disciplinar de História

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA em 5 de OUTUBRO de 1910


Nos finais do século XIX, inícios do século XX, Portugal era um país pobre e atrasado, onde uma agricultura de subsistência era a actividade económica predominante. A indústria estava reduzida aos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto e a Balança Comercial era cronicamente deficitária, uma vez que a maioria dos bens necessários à população tinham de ser importados.
Era um país onde reinava a miséria, o desemprego e o analfabetismo, sem que os diversos governos monárquicos fossem capazes de inverter a situação.
Para muitos, a emigração foi a alternativa para escapar a este quadro de pobreza e falta de oportunidades. Foram milhões os portugueses que, então, rumaram ao Brasil.
O português tipo era descrito na figura do Zé Povinho, sujeito rude, mal-educado, analfabeto e sempre insatisfeito com a vida e o país, com a qual Rafael Bordalo Pinheiro procurou retratar a maioria da população portuguesa de então.
Assim, cada vez mais, a população portuguesa estava descontente, orientando essa insatisfação para a pessoa do rei D. Carlos, que, na época, era o chefe máximo da governação. O descontentamento face ao rei e à monarquia era, sobretudo, inflamado pela acção de um pequeno partido político - O Partido Republicano, que aproveitava todas as ocasiões para denegrir a imagem do rei responsabilizando-o pela má situação que o país vivia. Nos jornais, em comícios e manifestações os republicanos transmitiam aos populares a ideia que a causa de todos os problemas era só uma: a existência de um rei incapaz que não fora escolhido pela população.
Assim, pouco a pouco, as fileiras daqueles que estavam contra o rei e a monarquia foram engrossando, sobretudo após o episódio do ultimato inglês de 1890. Este episódio ocorreu quando Portugal apresentou à comunidade internacional o Projecto do Mapa Cor-de-Rosa, que consistia na intenção de ocupar todo um vasto território que ficava entre Angola e Moçambique, pretendendo, desta forma, unir as suas principais colónias em África. Quem não aceitou este projecto português foi a Inglaterra, principal potência económica e militar da época, que ameaçou Portugal com uma intervenção militar. Face a este ultimato, o rei D. Carlos desistiu do projecto de unir as colónias portuguesas no Sul de África, cedendo assim às exigências inglesas. Acusado de cobardia e de não defender os interesses de Portugal, esta sua atitude provocou grandes manifestações em todo o país e um divórcio irreversível entre os portugueses e o seu rei.
Logo em 1891, no Porto, a 31 de Janeiro deu-se uma primeira tentativa de implantação da república em Portugal. Um pequeno contingente militar, a que se associou boa parte da população portuense, chegou a festejar o fim da monarquia e da governação de D. Carlos, mas foram recebidos e dispersos a tiro pela polícia e tropas fiéis ao rei, num episódio que se saldou num grande número de mortos. Assim, nalguns grupos republicanos mais radicais desenvolveu-se a ideia de assassinar o rei, considerado o grande culpado de todos os males que afectavam o país. Esta intenção foi concretizada em 1908, quando um pequeno grupo de homens armados conseguiu abeirar-se de uma carruagem em que seguia a família real e disparou mortalmente sobre o rei e o seu filho mais velho, o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe. Sucede-se no trono D. Manuel II, filho mais novo do rei assassinado. Jovem e impreparado, este novo monarca foi incapaz de inverter a situação e impedir o fim da monarquia.
O seu reinado foi curto, pois terminou abruptamente no dia 5 de Outubro de 1910, quando militares e populares se uniram nas ruas de Lisboa, venceram as poucas tropas que se mantinham fiéis ao rei e prenderam toda a família real. De imediato, o rei e família foram expulsos do país, rumando para um exílio forçado no Brasil, e o país celebrou a implantação da República, que trazia a promessa de mudança e a esperança de um futuro melhor. Mudaram-se, em nome dos novos tempos, os símbolos do país: adoptou-se uma nova bandeira e um o hino denominado – a Portuguesa – e que fora uma canção feita por republicanos aquando do ultimato inglês. Pouco tempo depois, organizaram-se eleições, onde o povo português foi chamado a escolher o seu Chefe de Estado – a escolha recaiu sobre um antigo professor – Manuel de Arriaga que se tornou oficialmente no primeiro presidente da República Portuguesa.***

O GRUPO de HISTÓRIA



*** O texto presente é o Guião de um Diaporama feito na EPM-CELP no contexto das comemorações do 5 de Outubro, com o qual se pretende transmitir aos alunos um conhecimento mais completo das razões históricas que conduziram à implantação da República em Portugal. Desta forma, este texto foi escrito com um objectivo essencialmente didáctico, sem contudo, como é óbvio, perder rigor científico.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Acção de formação - Educação na Mudança

De 08 a 16 de Outubro, decorrerá na EPM-CELP organizada pelo CFDLP, uma acção de formação para o pessoal docente no âmbito da Comunicação Interpessoal, subordinada ao tema Educação na Mudança.
Citando ipsis litteris, as doutas palavras do formador desta acção, Dr. António Cabrita, docente universitário da Universidade Politécnica (Moçambique) e escritor,


Eis-nos banhados em plena confusão de valores, órfãos das «grandes narrativas» (as ideologias) que lhes davam sentido. Para além disso assistimos a um deslocamento dos imaginários-âncora, dos paradigmas que antes arrastavam gerações. Os anos sessenta e setenta edificaram-se em torno de um imaginário maniqueu de oposições. Sucedeu-se depois uma fase de «desconstrução» e de pós-colonialismo. A partir dos anos 90, suspenso o mundo num multiculturalismo crescentemente difuso, sobressai um «imaginário de aliança» e de negociação e a sociedade oscila entre o consumismo desbragado e um modelo de regulação controlado cada vez mais à distância, nos centros de decisão onde se giza a estratégia da Globalização.

Que lugar subsiste para a identidade, os valores, a cultura, a educação?
Pode a educação firmar que critérios últimos, em matéria de formação?
Que sobra para o privado, agora que o próprio conceito de espaço público, essencial à
teoria democrática, se converteu em mero campo publicitário e mediático?

Que novas mitologias preenchem a “era do vazio”, num palco social onde a «imagem» e a «comunicação por rede» partilham um poder hegemónico?
E que novos sinais de identidade emergem - com “novos ritos de passagem” entretecidos
entre os jovens numa sociedade que sobrepõe ao “sentido de risco e

aventura” (inadiáveis para a construção do adulto) a ideia abafadora da
segurança?
Por fim, como ecoa tudo isto em Moçambique, na encruzilhada entre a Tradição e a
Modernidade?

A ideia do Seminário é mostrar que um fio condutor anima afinal este aparente caos e que despontam uma nova necessidade de responsabilidade social e uma nova ética – uma ética para náufragos, talvez, indispensáveis para quem anseia transmitir valores.

Comemoração da efeméride do 4 de Outubro de 1992

A Área Disciplinar de História tem o prazer de informar toda a Comunidade Escolar que no dia 3 de Outubro irá comemorar, por antecipação, a efeméride relativa ao 4 de Outubro de 1992, através das seguintes acções:
- Apresentação de um diaporama a passar, durante todo o dia, quer no Átrio junto à Papelaria, quer no Átrio contíguo ao Bar;
- Mostra de um cartaz alusivo ao tema, exposto na Sala de História (Sala 28);
- Escrita de um artigo sobre o mesmo, que estará disponível no blog da Escola a partir do dia 3 de Outubro.
Assim, todos estão desde já convidados a passar pelos respectivos locais, de modo a ficarem a conhecer algo mais acerca deste dia histórico para Moçambique.

A Área Disciplinar de História

Acção de Formação - Iniciação às TIC´s


Entre os dias 8 e 13 de Outubro, irá decorrer na EPM-CELP, uma acção de formação na modalidade de curso e com a duração de vinte horas, relativamente à aplicação das TIC.

A razão desta acção, prende-se com a necessidade de dotar todo o corpo docente de competências nesta área, para que possam responder positivamente a todas as solicitações relacionadas com a realidade funcional da EPM – CELP e respetiva filosofia laboral, a qual está intrinsecamente ligada às NTIC.
Na página do Moodle da EPM, afecto ao Centro de Formação e de Difusão da Língua Portuguesa (CFDLP), encontra-se o programa da acção.

4 de Outubro - Dia do Acordo Geral de Paz em Moçambique



Comemora-se a 4 de Outubro quinze anos de paz e reconciliação nacional, alcançadas com o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, em 1992, entre o Governo moçambicano e a Renamo. Pôs-se fim a uma guerra que devastou a economia nacional e teve consequências trágicas para a população.
Na origem desta guerra estão vários factores sendo de destacar as grandes tensões político-militares que, desde 1975 (ano da independência), se fizeram sentir entre Moçambique e os países vizinhos da Rodésia e África do Sul. Estes dois países, cujos governos, de fortes características coloniais, temiam o avanço do socialismo pela África Austral, desencadearam, desde 1976, várias operações militares em território moçambicano e apoiaram a criação do Movimento Nacional de Resistência (MNR) que integrou moçambicanos opostos ao regime recém-criado da Frelimo.
A partir de 1981, uma força da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) foi-se infiltrando no interior de Moçambique, sobretudo na Província de Gaza e espalhou-se rapidamente pelas regiões do sul e do centro.
Entre 1982 e 1983, forças da Renamo actuavam nas províncias de Gaza, Manica, Sofala, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa e, para sul, em Inhambane e Maputo.
A 16 de Março de 1984, as autoridades moçambicanas assinaram o Acordo de Nkomati com a África do Sul. O acordo ditava a cessação do apoio de Moçambique às forças nacionalistas sul-africanas do Congresso Nacional Africano (ANC), com a África do Sul a retirar o seu apoio à Renamo. Todavia, este acordo foi insuficiente para terminar a guerra, uma vez que as actividades da Renamo prosseguiram.
Em 1989, o governo moçambicano desenvolveu novos esforços para obter um entendimento que levasse ao fim da guerra civil, causa de pesadas perdas humanas e materiais. Nesta fase, desempenharam um papel importante as Igrejas Católica e Anglicana, o Conselho Cristão de Moçambique e os dirigentes do Quénia e do Zimbabwe.
Em 1990, iniciaram-se conversações mais directas e formais em Roma, com o apoio da Comunidade de Santo Egídio e do Governo Italiano. Seguiram-se nove rondas negociais.
A 4 de Outubro de 1992, realizou-se em Roma a assinatura do Acordo Geral de Paz, entre o Governo moçambicano e a Renamo, que pôs fim à guerra.
O Acordo foi composto por sete Protocolos, que regulavam questões de carácter político, militar e económico. Para a sua implementação foram constituídas Comissões, que funcionaram entre finais de 1992 e finais de 1994, ou seja, por um período aproximado de dois anos. A Comissão de Supervisão e Controlo (CSC) foi o principal órgão coordenador e controlador da implementação do Acordo. Foi criada ao abrigo do Protocolo I e presidida por Aldo Ajello, representante local do Secretário-Geral das Nações Unidas. Integrou uma delegação da Renamo, chefiada por Raúl Domingos e uma delegação do Governo, chefiada por Armando Guebuza. Incluiu representantes da Itália, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, França, OUA e Alemanha.
A esta Comissão coube:
Garantir as disposições contidas no Acordo Geral de Paz;
Garantir o respeito pelo calendário previsto para o cessar-fogo e para a realização de eleições;
Responsabilizar-se pela interpretação autêntica dos acordos;
Dirimir os litígios surgidos entre as partes;
Orientar e coordenar as actividades das comissões que se lhe subordinaram.
Em paralelo, entraram em funções as Comissões subordinadas:
Comissão de Cessar-Fogo (CCF);
Comissão de Reintegração (CORE);
Comissão Conjunta para a Formação das Forças Armadas de Defesa e Segurança de Moçambique (CCFADM);
Comissão Nacional dos Assuntos Policiais (COMPOL);
Comissão Nacional de Informação (COMINFO);
Comissão Nacional da Administração Territorial;
Comissão Nacional de Eleições;
O Tribunal Eleitoral.
Nesses dois anos (1992 a 1994), o país passou por profundas mudanças: adopção do multipartidarismo; realização das primeiras eleições multipartidárias, em Novembro de 1994; desenvolvimento de meios de comunicação social independentes; formação de diversas organizações e associações a nível da sociedade civil; passagem de uma economia socialista centralizada para um regime neo-liberal.
O Acordo Geral de Paz deu origem ao ciclo político e económico que ainda hoje vivemos em Moçambique.


O Grupo de História

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

e-twinning na EPM! Finalmente encontrámos parceiros!

Os nossos alunos do 5º ano, turmas B e C, vão desenvolver um projecto e-twinning com duas escolas europeias, Finlândia e Polónia respectivamente, no âmbito da Área de Projecto.
O que é o e-twinning? Uma plataforma que permite o desenvolvimento de projectos em parceria com escolas da UE oferecendo uma óptima oportunidade para alunos e professores contactarem com outras culturas, trocarem experiências e partilharem saberes de uma forma estruturada e aliciante. Pode ser uma boa resposta para a Área de Projecto ou para qualquer disciplina que deseje "sair" da sala de aula e lançar um olhar ao que se faz em outros estabelecimentos de ensino por essa Europa fora.
Tenho a convicção de que estes serão apenas os primeiros de muitos outros projectos e espero que contribuam para enriquecer a nossa escola e enfatizar a sua vertente multicultural e plurilingue.
Não percam tempo, há centenas de parceiros e-twinning à vossa espera.
Boa sorte!

sábado, 22 de setembro de 2007

Moçambique e o 25 de Setembro de 1964, dia do início da Luta Armada de Libertação


No dia 28 de Maio de 1926, teve lugar um golpe militar que terminou com a 1ª República, implantada a 5 de Outubro de 1910.
Este facto punha fim a um Regime que, ao longo de década e meia, mostrara sinais progressistas cujas repercussões se fizeram sentir, mesmo que timidamente, nas colónias. Em seu lugar, Portugal adoptou, em 1933, o Estado Novo, antecedido da Ditadura Militar, que vigorara após o golpe.
Sob a direcção de Salazar, o Governo passou a decretar a maioria das leis, sendo assim o órgão de soberania com mais poderes.
Segundo os defensores do Regime, o Estado Novo deveria ser forte e autoritário para se defender dos que fossem contra a sua política, os “inimigos da Nação”.
Perante a “dureza” do regime que se manifestava, entre outros aspectos, na ditadura, censura prévia e corporativismo, emergiram, em diferentes pontos de Portugal (Marinha Grande, Lisboa, Setúbal, Silves e Olhão) contestações ao Regime. O Movimento de Unidade Democrática (MUD), formado em 1945, para unir as diferentes organizações políticas que se opunham ao Regime, integrou-se neste senda contestária.
A estes clamores de liberdade, o Regime respondia com repressão, com assassinatos, com recusa ao diálogo. O assassinato do general Humberto Delgado constitui um dos exemplos desta arrogância do Regime.
Foi face a esta mesma recusa de diálogo que Moçambique viu como última alternativa o recurso à Luta Armada.
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), fundada em 25 de Junho de 1962, sob a presidência de Eduardo Mondlane, adoptou como estratégia para a luta a unidade das forças nacionalistas.
Durante dois anos, verificou-se uma intensa preparação político-militar das forças da FRELIMO no exterior e a Luta Armada teve o seu início simbólico em 25 de Setembro de 1964, com o ataque ao posto administrativo de Chai, na província de Cabo Delgado, acompanhado de uma proclamação solene do desencadeamento da guerra.
Alberto Joaquim Chipande, que dirigiu o início da luta, apresenta o plano de ataque da seguinte forma:
“Os guerrilheiros vão todos descalços para evitar o barulho que as botas normalmente fazem. Um guerrilheiro, vestido à civil e com uma ligadura no pé (para disfarçar, parecendo que estava doente), dirige-se à vila de Chai para fazer o reconhecimento das posições da segurança do posto e da casa do chefe do posto.
O plano de ataque ficou definido – uma metralhadora iria neutralizar os guardas da secretaria; o ataque seria contra a casa onde estavam o chefe do posto e os oficiais; foi definida a posição de cada guerrilheiro. Começaram por ficar (todos camuflados) debaixo de mangueiras.
16.00horas – os combatentes saem para terreno aberto.
18.00horas – tomam posições, visando o posto administrativo.
19.00horas – avançam até um local onde a casa do chefe do posto já ficava ao alcance das armas. Um guarda português sai de casa e senta-se numa cadeira à frente da casa.
21.00horas - Chipande dispara o tiro como sinal para os restantes atacarem. Atinge o soldado que está sentado.
O chefe de posto ouve os tiros, sai de casa, é morto. Os soldados portugueses guerrilheiros retiram-se.
Em simultâneo com esta acção em Chai, outros guerrilheiros realizaram outras junto ao lago Niassa. Dava-se, assim, início ao desencadeamento da Luta Armada. Estas acções foram acompanhadas por uma proclamação escrita que foi difundida por vários órgãos de informação da FRELIMO”
Os anos que se seguiram foram marcados por uma guerra geradora de consequências desastrosas, quer para famílias moçambicanas, quer para famílias portuguesas. Assim, vítimas do mesmo sistema, os dois povos batiam-se com denodo e lado a lado em busca da liberdade.
A Revolução de 25 de Abril de 1974 e a consequente queda do Regime contribuíram, em grande medida, para o advento dos entendimentos de 7 de Setembro de 1974, em Lusaka, Zâmbia. Com este feito abria-se uma nova página nas relações entre os dois Povos.

Bem hajam os Homens de 5 de Outubro de 1910!

Bem hajam os Homens de 25 de Setembro de 1964!

Bem hajam os Homens de 25 de Abril de 1974!

Bem hajam os Homens amantes da Paz, Liberdade e Progresso!

O Grupo de História

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Ainda a Formação...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Nova imagem do blog

Caso não tenham notado, o blog está com uma nova imagem. Tentei com que ficasse mais parecido com o design que temos na página web da escola.

Se tiverem alguma crítica ou sugestão, por favor enviem por email ou escrevam nos comentários a este post.

Acção de Formação - Directores de Turma

Nos dias 15 e 16 de Setembro decorreu no Hotel Gallery - Catembe o primeiro "retiro espiritual" do presente ano lectivo, e logo com um dos grupos mais relevantes e importantes da EPM - o grupo dos Directores de Turma.

Atendendo a que, a actuação do director de turma como agente mediador, promove a relação escola-família e simultaneamente fomenta um conhecimento aprofundado e sistematizado que a escola tem das famílias, foi neste contexto que durante cerca de dois dias, vinte dos vinte e dois directores de turma da EPM, frequentaram uma acção de formação intitulada COMUNICAÇÃO E GESTÃO, monitorizada pelo Dr. Mauro Nankin.





Em jeito de balanço final, o melhor descrição que se pode fazer é que, a relevência e pertinência do tema, a qualidade do formador, e o clima inter-relacional criado, fez com todos os presentes se tivessem esquecido, dos dois dias solarengos convidativos para outras paragens!

Qualquer dia há mais!

Uma manhã especial - visita à N.R.P.”ÁLVARES CABRAL”


No dia 12 de Setembro de 2007, a turma do nono A foi convidada para visitar o, Navio da República Portuguesa Álvares Cabral que é o segundo da classe “Vasco da Gama”, e que tem cerca de duzentos tripulantes.


Além da nossa turma, também estavam presentes a Dra. Albina dos Santos Silva, a coordenadora de ciclo Dra. Mércia Calú , o professor Jeremias Correia e o professor Jorge Moura que acompanhava a nossa turma (9A).Saímos da escola em direcção ao porto de Maputo onde se encontrava o navio.
O comandante recebeu-nos com muita simpatia. Este, com a ajuda de três dos seus marinheiros explicou-nos cada função de cada departamento, apresentando-nos a enfermaria, o refeitório , o centro de comunicações, o centro de navegação( o olho do navio) ,as armas de combate , o helicóptero, os barcos de salvação, o bar e a sala de estar.


A visita de estudo começou quando os marinheiros se apresentaram e explicaram-nos algumas das regras de segurança a ter a bordo do navio, (como subir e descer as escadas).De seguida, vimos o helicóptero que usam para patrulha, combate ao tráfico de droga e salvamento, o qual também transporta torpedos extremamente letais. Quem nos explicou tudo sobre o helicóptero foi o técnico de manutenção . Enquanto este explicava a alguns alunos sobre o helicóptero ,outros alunos esclareciam duvidas sobre como agir em caso de guerra (onde felizmente nunca participaram). Este helicóptero já tem 14 anos e nunca teve acidentes.


A seguir continuámos a nossa expedição pela parte de fora do navio, onde ficámos a conhecer cada função das armas que lá se encontravam.


Após um caminho muito demonstrativo, entrámos no centro de navegação onde nos explicaram como funciona o comando do navio automático,pois existe também um manual, no caso do automático não funcionar, ou ter caído nas mãos do inimigo.

Quando saímos do centro de comando, fomos em direcção à sala de estar onde os marinheiros têm os seus momentos de lazer (ver televisão , jogar playstation, navegar na Internet e ver alguns filmes).
Depois fomos até ao centro de operações do navio (o cérebro), onde se desenvolvem todas as estratégias de combate.
A seguir passámos pelo centro de comunicações onde nos foi explicado como se processam as comunicações para dentro e para fora do navio.

Quando saímos do centro de comunicações, visitámos a enfermaria onde se fazem pequenas cirurgias caso seja necessário.
Ao sairmos, fomos até ao refeitório onde os marinheiros tem as suas refeições que são à base de mariscos e carne. De seguida, fomos visitar o “bar” onde os marinheiros aproveitam a “mini-disco“ para se divertirem.

E infelizmente, como o tempo é curto, regressámos à escola.
Mesmo assim, ainda tivemos tempo para agradecer à tripulação toda a paciência que tiveram connosco, ao mostrarem-nos um pouco do seu dia-a-dia.
Para recordarmos para sempre este dia, tirámos uma foto de família!


Texto escrito por: Cristiana Dias, Mahomed Zameer e Vânia Ferreira.
Fotos tiradas por: Cristiana Dias.