quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Conhece-te a ti mesmo conhece o teu tipo de sangue!

Constatou-se nas aulas de Biologia do 12º ano que os alunos não sabiam o seu tipo de sangue.
Tal facto é de espanto e preocupação. Referimo-nos a alunos do curso de Ciências e Tecnologia, cujas opções profissionais são esmagadoramente da área da saúde. Para além de tudo, falamos de cidadãos integrados numa sociedade com escassos recursos para uma assistência médica de qualidade. Qualquer acidente seria minimizado com o conhecimento prévio do nosso tipo sanguíneo.
Face a esta situação, integrando os conteúdos de Biologia do 12º ano e o projecto de educação para a saúde da EPM, foi realizada uma visita de estudo ao Banco de Sangue do Hospital Central com o objectivo de conhecer as técnicas de identificação do tipo sanguíneo. Os alunos aumentaram assim os seus conhecimentos científicos e enriqueceram a sua componente cívica. Recebidos por uma equipa do banco de sangue, cujo mérito e persistência do seu trabalho diário são de louvar, visitaram-se as instalações pela ordem do processo de rastreio. Na consulta inicial é realizado um inquérito de triagem de dadores. Das muitas pessoas que recorrem ao Banco de Sangue, há os que doam de livre espontânea vontade, os doam pela aflição do seu parente internado e os auto-dadores que receberão o seu próprio sangue no operatório. Este facto reflecte o tipo de consciência individual de cada um. Após esta selecção que depende da veracidade das respostas, são recolhidos 500ml de sangue do dador. Esse sangue segue para laboratório, cuja a destrinça permite utiliza-lo de diferentes formas: as plaquetas, os glóbulos brancos e os glóbulos vermelhos, cujas diferentes características requerem diferentes tratamentos e conservações, são encaminhados para diferentes fins que visam salvar vidas. As transfusões são perigosas pois a incompatibilidade pode originar coagulação sanguínea. Para tal há variados sistemas de identificação para além do sistema ABO e do sistema de Rhesius (Rh+, Rh-). Outros despistes são realizados em laboratório tais como o teste de sífilis, SIDA, hepatites entre outros. Estas informações são cedidas aos dadores, cujo número é surpreendentemente alto mas não suficiente para as necessidades do Hospital Central de Maputo. Para si leitor, não espere que esta necessidade lhe bata à porta, dê sangue, dê vida!;-)
Mais do que isso, saiba o seu tipo de sangue para aumentar as hipóteses de sobrevivência numa situação de doença ou acidente!

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