terça-feira, 14 de abril de 2009

Até sempre, Érika...


Eram 17:30h e não conseguias esconder a alegria de mais um dia de aulas terminado. Quase no fim do período, sem testes para fazer, despreocupadamente, como todos os dias, conversaste ainda, mais uns minutos, antes de entrares para a carrinha. Conta-se que até dançaste. Na flor da idade, quinze anos, sonhos do tamanho do universo, da via láctea. Sonhos de amor eterno, de felicidade, de amizades profundas e duradouras. Como todos os dias sentaste-te num lugar próximo de alguém com quem pudesses conversar durante a viagem, trocar piadas, falar de um rapaz giro, cantarolar uma canção. Naquela curva, daquele último dia de Março, ficaram para sempre os teus sonhos. Em menos de um minuto, entraste desprevenida pela morte adentro. Faltam-nos as palavras. Tudo é pequeno perante a imensa incredulidade da tua morte. Quanto tempo até aceitarmos que não te sentarás de novo nas nossas aulas, que não soltarás mais uma gargalhada? Quanto tempo com a tua ausência tão presente?O tempo não apaga da memória aqueles que amamos. O teu rosto estará gravado para sempre, em cada um de nós, em todos os momentos que partilhámos.Uma coisa é certa: o amanhã é uma miragem. A amizade, a vida, há que vivê-la hoje. Dizer todos os dias a quem amamos: gosto de ti!Gostamos de ti, Érika, obrigada pelo que de ti em nós deixaste!
A Comunidade Educativa

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