quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

3 de Fevereiro

Heróis…

O dia 3 de Fevereiro, feriado em Moçambique, é um dia criado por decreto que pretende honrar os heróis moçambicanos, infelizmente, quase sempre são destacados os heróis que estiveram presentes na luta pela Libertação Nacional…

Estes heróis são permanentemente homenageados uma vez que os seus nomes estão presentes na toponímia de Moçambique, os seus vultos estão representados em esculturas diversas, e até em praças, como é o caso da Praça dos Heróis, os nomes mais sonantes são sem sombra de dúvida, o de Eduardo Modlane, Josina Machel, Francisco Manyanga, Marcos Mabote e Samora Machel.

A palavra herói teve origem na Grécia Antiga, servia para designar o fruto da união entre um mortal e um deus, veja-se o exemplo de Herácles, filho de Zeus e de Alcmena, portador de uma força fora de normal, de feitos que serviram para inspirar a coragem e os valores ao longo de várias gerações.

Na actualidade, a semelhança da Antiguidade Clássica grega, a sociedade continua a ser inspirada por indivíduos que se destacam por acções exemplares dignas de um grande humanismo. Estes Heróis ou Heroínas deixam de lado o seu próprio bem-estar numa procura incansável pelo bem comum. Nem sempre são reconhecidos oficialmente mas, sem sombra de qualquer dúvida, têm um papel importante na sociedade uma vez que são autênticos motores que fazem andar o caminho da mudança.

Um exemplo de heroísmo está personificado na pessoa de Alice Mabota, a qual tive oportunidade de conhecer numa palestra sobre os Direitos Humanos que teve lugar nesta escola. Não consigo deixar de pensar no impacto desta cidadã que, com os seus actos e a semelhança dos heróis gregos, modelos para as gerações vindouras, tem melhorado a vida de vários indivíduos promovendo o respeito dos direitos fundamentais inerentes ao Ser Humano, criando um efeito de «bola de neve» que será fundamental para a diminuição das injustiças sociais na sociedade moçambicana.

Não se trata de desvalorizar o papel dos heróis estabelecidos oficialmente mas de reconhecer os actos heróicos de pessoas que estão presentes no nosso dia-a-dia deixando que estes mesmos exemplos nos influenciem na procura de um mundo que nunca será perfeito mas que estará mais perto de ser um mundo melhor.

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá. Gostava de saber quem é(a) autor(a) deste interessante artigo. Não acredito que seja de enciclopédia.

Alexandre Areias disse...

A autora deste artigo foi a professora Karina Bastos professora de História da EPM-CELP.